Parabéns a todas as mulheres, por todos os direitos que conquistaram e por todo o espaço que irão conquistar. Parabéns pelos dias de luta na construção de um lar, na sabedoria do educar, na competência profissional. Parabéns pelo Dia Internacional da Mulher!

Em 1910, numa conferência na Dinamarca ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", mas somente em 1975 a data foi oficializada, através de um decreto da ONU (Organização das Nações Unidas).

A história relata que no dia 8 de março de 1857, cerca de 130 operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalhos, tais como redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A violência usada para reprimir essa manifestação foi tão desumana "as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada " um ato insano, de pura crueldade, que nos deixa perplexos até hoje. Um marco histórico muito triste.

Hoje comemoramos e aplaudimos todas as mulheres, mas não podemos nos esquecer que há, ainda, em pleno século 21, muita desigualdade, violência masculina, preconceito e desvalorização.

Muitas mulheres agredidas física e psicologicamente tornam-se reféns da situação, pois encontram muitos obstáculos, resultando em desgaste emocional - história familiar de violência prévia, baixa auto-estima, situação econômica instável e carência de recursos sociais. Por isso tenho dois projetos de lei em trâmite na Assembleia que já receberam das Comissões de Segurança Pública, da Promoção Social e de Finanças e Orçamento pareceres favoráveis.

O Projeto de Lei 237/10 tem a finalidade de criar Regime Assistencial Especial de Atendimento de Emprego e Renda às Mulheres Vítimas de Violência Conjugal. O Projeto de Lei 238/10 tem o objetivo de instituir a Casa Abrigo, no âmbito da 10ª Região Administrativa do Estado de São Paulo. A Casa Abrigo é mantida pelo Estado especialmente para acolher, em caráter emergencial e/ou provisório, as mulheres vítimas de violência, seus filhos e filhas, assim como prestar apoio às entidades que desenvolvem ações de atendimento à mulher.

As proposituras apresentadas visam à criação de instrumentos para que as mulheres paulistas vítimas de violência conjugal possam romper o seu cotidiano de submissão. Abraçamos esta luta junto com as mulheres para que a cada dia as conquistas aconteçam e que venham ao encontro de todas as suas necessidades.

Somos seres humanos, sem distinção de raça. Vivemos em sociedade e precisamos ter consciência de que devemos nos respeitar como filhos de Deus.



*Ed Thomas é líder da bancada do PSB na Assembléia Legislativa