Da redação

Os integrantes do movimento pela paz realizaram na quinta-feira, 25/10, nova reunião para debater manifesto que deverá ser encaminhado à Organização das Nações Unidas (ONU). A mesa de trabalhos foi constituída pelo secretário municipal Eduardo Jorge, da Saúde; pela monja Coen, fundadora da Comunidade Budista Zen,; Lia Diskin, fundadora da Associação Palas Athena; e por Michel Harandom, da Associação Brasileira de Empresários pela Cidadania.

O discurso de Harandom sintetizou o espírito do movimento. Ele afirmou que o fenômeno da violência social generalizada se apresenta em números. "Para se ter uma idéia, 80 milhões de dólares anuais seriam suficientes para alimentar todos os famintos do mundo, a diferença entre ricos e pobres ultrapassa 80 vezes; 25% da população mundial concentram 80% da renda financeira, 74% das linhas telefônicas, 90% do acesso à Internet."

Entretanto, segundo Harandom, os dados que mais incomodam dão conta de que 80 países tiveram a renda per capita reduzida e que as três pessoas mais ricas do mundo detêm montante superior a 600 milhões de habitantes dos países pobres.

Harandom destacou que é preciso criar outros padrões para a natureza e para o relacionamento humano. "É lamentável o que vem ocorrendo nos EUA, com relação à bactéria antrax, porém serviu para que o preço de determinados medicamentos fosse reduzido e isso acabará trazendo ao debate a questão dos portadores de HIV da África, que enfrentam dificuldades para se tratarem."

Ao final de seu pronunciamento, Harandom brindou o Exército Republicano Irlandês (IRA) pela coragem de depor armas num mundo em crise.