Deputada pede rigor na prisão de dupla que aterroriza taxistas


24/07/2003 15:33

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Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) enviou ofício ao secretário estadual de Segurança Pública, Saulo de Abreu Castro Filho, solicitando a centralização de esforços na identificação e captura de um casal que vem aterrorizando os taxistas de Santos. Para a parlamentar, é preciso disponibilizar os recursos humanos e materiais existentes nas polícias Civil e Militar da região para pôr fim à onda de roubos e seqüestros-relâmpagos que vitima os taxistas que trabalham à noite na cidade.

"São trabalhadores que vêm tendo suas vidas colocadas em risco, enquanto buscam o sustento de suas famílias. Não adianta apenas a realização de blitze. É preciso realizar investigações, envolvendo os serviços de inteligência das polícias Civil e Militar. A dupla vem agindo da mesma forma, roubando especialmente os taxímetros, o que indica a existência de receptadores já definidos para este material", afirma a deputada Maria Lúcia Prandi.

Mesmo sem dados oficiais, já que a maioria das vítimas não tem registrado as ocorrências nos distritos policiais, essa modalidade de crime tem crescido na cidade. Nos casos mais recentes, há vários pontos em comum. O primeiro deles é o horário: normalmente a abordagem acontece no período noturno. Outro é que os crimes estão sendo cometidos por um casal bem vestido, que entra no veículo e pede para ser levado a bairros periféricos de São Vicente e Cubatão. Quando a corrida está perto do fim, o assalto é anunciado e o taxista colocado sob a mira de um revólver.

"Apesar da polícia descartar a existência de uma quadrilha, creio que esta hipótese precisa ser levada em conta. Afinal, o modo de agir tem muitos pontos em comum e os destinos das corridas são quase sempre os mesmos. Estes são indícios de que os praticantes dos crimes devem ser as mesmas pessoas", afirma a parlamentar, alertando para o fato de que não se pode esperar que um taxista seja morto para adotar medidas mais firmes para elucidar o caso.

"Há dois anos, um taxista foi morto por assaltantes, gerando protestos da categoria. Outro desses trabalhadores está desaparecido há quatro meses e o carro dele também não foi localizado,"lembra a parlamentar.

mlprandi@al.sp.gov.br

alesp