Delegação em visita à Assembléia propõe estreitar laços entre Brasil e China

(com fotos)
10/04/2002 19:36

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DA REDAÇÃO

Representantes da Conferência Consultiva Política da República Popular da China foram recebidos pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado Walter Feldman, na tarde desta quarta-feira, 10/4. A delegação, chefiada pelo vice-presidente da conferência e presidente da Associação da Compreensão Internacional da China, Li Guixian, propôs que os laços já existentes entre Brasil e China sejam estreitados, visando a aumentar o comércio entre os dois países.

Durante o encontro, Walter Feldman ressaltou as medidas tomadas recentemente pela Mesa Diretora da Assembléia em relação às comunidades estrangeiras. Segundo o presidente da Casa, desenvolveu-se uma forte relação com os consulados e embaixadas em São Paulo, criou-se a Comissão de Relações Internacionais, o Conselho de Comunidades de Raízes (Conscre) e o museu com obras representativas dessas comunidades.

A boa relação com os demais países foi destacada pelo presidente, que falou sobre visita de 7 dias que empreenderá, junto com delegação de deputados, a Moscou. O ato pela paz no Oriente Médio, realizado nesta terça-feira, na Assembléia Legislativa também foi relatado por Walter Feldman. Para ele, "temos de ter clareza de que o processo de integração mundial merece todo um esforço de nossa parte".

A semelhança entre a cidade de São Paulo e Xangai, dois grandes centros financeiros e econômicos, foi lembrada pelo chefe da delegação chinesa. Ele enfatizou que o Brasil exporta mais do que importa da China, sendo que o produto importado por eles em maior quantidade é a soja.

O processo de abertura da política chinesa, iniciado na década de 80, foi destacado por Li Guixian. "Nos primeiros 10 anos a taxa de crescimento anual da China foi de 11%. Nos 10 anos seguintes foi de 9% e hoje está em torno de 7%", disse Guixian, que destacou a contribuição das 390 fábricas estrangeiras instaladas naquele país. A participação de capital estrangeiro, de acordo com o chefe da delegação chinesa, pode ser de 100% em cada empreendimento.

"Temos de deslocar o centro do mundo dos Estados Unidos e da Europa. Uma aliança mais forte entre países como Brasil e China, pode ajudar nisso e fazer com que a estabilização seja mais global", afirmou Walter Feldman.

Li Guixian foi acompanhado de uma comitiva de 12 pessoas, entre elas Liu Liying, conselheira da Associação da Compreensão Internacional da China e Li Beihai, subdiretor da Comissão dos Assuntos Exteriores da Conferência Consultiva Política da China. O cônsul-geral da China, Shen Qing, e o cônsul-geral adjunto, Lu Fan, também estiveram presentes ao encontro.

alesp