Da Tribuna


08/04/2011 18:06

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Nação de luto



"Doze crianças, ainda no início da vida, foram assassinadas. Ficamos chocados", lamentou Jooji Hato (PMDB), ao comentar a chacina ocorrida na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro Realengo, Rio de Janeiro. "Nossa presidenta, Dilma Rousseff, os presidentes dos EUA e de outros países sofrem junto com as famílias das vítimas". O parlamentar também disse que o PL, de sua autoria, que institui detector de metais nas escolas, infelizmente não fora aprovado na época em que era vereador de São Paulo. "Políticas de desarmamento devem ser colocadas em prática para evitar que episódios semelhantes a este voltem a ocorrer". (DK)



Desarmamento da população



"Uma violência inimaginável, arquitetada por um psicopata", disse José Bittencourt (PDT), lastimando episódio em que crianças foram mortas dentro da Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro. Bittencourt solidarizou-se com as familías das vítimas e declarou que "este foi um crime, não apenas contra as famílias, mas contra a nação". Ele também afirmou que é necessário acabar com as armas clandestinas, de forma a prevenir crimes como o massacre na escola. "É preciso desarmar a população, e instalar detectores de metais nas escolas e outras instituições", sugeriu. (DK)



Solidariedade ao Rio



Olimpio Gomes (PDT) manifestou solidariedade às famílias das vítimas do massacre, ocorrido no dia 7/4, em escola do Rio de Janeiro. Ele ainda falou sobre sessão em que os deputados debatiam vetos, ocorrida nesta quarta-feira, 6/4, e reprovou comentários proferidos pelo deputado Roque Barbiere (PTB). Gomes também questionou como foi parar na imprensa o áudio da mulher que testemunhou execução promovida por policiais militares e ligou para o 190 denunciando o fato. "Ela foi violada na sua integridade porque o áudio foi parar na mídia, possibilitando a sua identificação". (DK)



Violência nas escolas



Carlos Giannazi (PSOL) prestou solidariedade e apoio às famílias que tiveram seus filhos mortos em escola pública do Rio de Janeiro. "Esse episódio traz uma questão muito importante: a violência nas escolas, sobretudo nas públicas". Ele afirmou que não há número suficiente de viaturas da Ronda Escolar, citou diversas instituições de ensino em que este serviço foi desativado ou é insuficiente, e disse que na rede municipal de ensino a Guarda Civil foi retirada das escolas. "Apelamos para que haja um aumento no número de rondas e que a Guarda Civil volte a atuar nas escolas". Segundo ele, na região do Butantã, o colégio Brasil Japão teve seus professores e alunos agredidos por invasores. "Enquanto não houver investimento nos servidores, a educação não terá desenvolvimento". (DK)



Tragédia no Rio



Donisete Braga (PT) prestou homenagem à família do deputado Alex Manente (PPS), cujo pai faleceu, aos parentes do ex-deputado Fausto Rocha e às vítimas do Rio de Janeiro. Para Braga, a tragédia do Estado fluminense foi uma das maiores ocorridas no Brasil. "É hora de refletir e verificar a situação das escolas no país, que é terrível", opinou o petista. Ressaltou que o problema não está nos policiais, mas na falta de investimento e de capacitação tecnológica. Disse que esse acontecimento é um alerta para o Executivo, e sugeriu estudos sobre o assunto. (DV)



Bancada da bala



Adriano Diogo (PT) criticou o baixo número de deputados presentes à sessão. "Isso porque estamos no primeiro mês de trabalho". Aos que estão analisando os desdobramentos do caso da escola Tasso da Silveira, Diogo disse que o problema está na "bancada da bala", aqueles que defendem o porte de armas de fogo para indivíduos além dos profissionais capacitados. O deputado mencionou que um excesso de armas ilegais tem circulado de forma absurda, e que um debate a respeito do assunto tem de ser feito para conter a violência. "Armas só para segurança pública", declarou. Lamentou o episódio da execução de um suposto criminoso por dois policiais, em Ferraz de Vasconcelos. (DV)



Quebra de sigilo



Referindo-se à ação dos dois policiais que executaram um rapaz, num cemitério em Ferraz de Vasconcelos, Olimpio Gomes (PDT) lamentou que a senhora que presenciou o crime e denunciou ao 190 não tenha tido sigilo conforme lhe foi garantido. Segundo o parlamentar, o nome está sendo preservado, porém a gravação da ligação foi transmitida por programas de rádio e televisão. Alegou que essa atitude dos dois policiais não pode desmoralizar a PM como instituição e nem generalizar a conduta de todos os outros policiais. "A maioria são dignos", defendeu Gomes. (DV)

alesp