Piunti quer transformar CDHU em agente financeiro e empregar recursos na construção de moradias


13/11/2000 15:21

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A deputada estadual Maria do Carmo Piunti (PSDB) defendeu, durante debate realizado na Comissão de Fiscalização e Controle da Assembléia Legislativa, na quinta-feira, 9/11, a transformação da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) em um agente financeiro do Estado, com o intuito de empregar os recursos que atualmente são utilizados para custeio e manutenção da estatal na construção de unidades habitacionais.

"Precisamos fazer com que a verba da habitação seja transferida diretamente aos municípios, para que o município utilize esses recursos na construção de moradias populares. Atualmente, grande parte da verba da habitação é consumida com a manutenção da máquina operacional da CDHU. No período de 1999 a 2000, 25% do total de investimentos da habitação foi empregado em custeio da estatal. É um custo muito alto", destacou a parlamentar.

Além desse problema, a deputada rememorou os entraves judiciais ocorridos por conta de contratos anteriores que o Tribunal de Contas entendeu não serem adequados e defendeu sua tese ao argumentar que "tudo que os municípios fazem é melhor. O município é mais ágil do que a máquina estatal. Sendo assim, a CDHU pode ser transformada em um repassador de recursos, sem gastar grandes valores com custeio. Essa economia pode ser transformada em moradias", finalizou.

A idéia apresentada por Maria do Carmo Piunti foi bem aceita e acolhida por diversos deputados da Comissão de Fiscalização e de outras comissões permanentes da Assembléia Legislativa. O presidente da CDHU, Luis Antonio Carvalho Pacheco, há quatro meses no cargo, e o secretário de Estado da Habitação, Francisco Prado de Oliveira Ribeiro, ouviram atentamente a proposta da parlamentar.

Pacheco prestou esclarecimentos sobre a atual situação da CDHU e dos recursos que a estatal tem à disposição. A deputada Maria do Carmo Piunti também pediu informações sobre o programa de construção de moradia indígena e quis saber o que está sendo feito na área de cortiços, "já que temos 600 mil encortiçados na cidade de São Paulo", justificou. O presidente da CDHU entregou à Comissão de Fiscalização e controle documentos solicitados em reuniões anteriores e prometeu encaminhar à Assembléia Legislativa os dados faltantes.

(Mais informações, ligue para o gabinete da deputada Maria do Carmo Piunti - 3886-6546/6555)

alesp