Experiências dos Legislativos com a TV são abordadas no Seminário de Comunicação

(com foto)
30/10/2001 21:04

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DA REDAÇÃO

O painel vespertino do Seminário de Comunicação desta terça-feira, 30/10, abordou as experiências dos poderes legislativos com TVs institucionais.

O primeiro expositor foi Décio Guimarães, diretor do Departamento de Comunicação Social da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Guimarães disse que a infra-estrutura de comunicação do Legislativo gaúcho conta com agência de notícias via Web, emissora de rádio, televisão a cabo e um jornal impresso com tiragem de 500 mil exemplares mensais. Segundo o diretor, todo o sistema de comunicação da Assembléia gaúcha, que possui em seus quadros alguns funcionários efetivos, tem um custo mensal entre R$ 40 e R$ 50 mil.

Vanderlei de Oliveira, diretor da TV da Assembléia de Mato Grosso, relatou que o Departamento de Comunicação daquele Poder foi inaugurado em março deste ano e enfrentou muita resistência política, pois o governo alegava que poderia servir de holofote para a oposição. "Também enfrentamos a carência de recursos financeiros e humanos, uma vez que a maioria dos funcionários integra o quadro de efetivos e estava acostumada a um ritmo de trabalho diferente", disse Oliveira. "Foram incentivados a fazer parte da equipe de comunicação, pois a questão salarial foi reavaliada. Tivemos a preocupação de pagar bem o pessoal da Imprensa."

Diversificação

A estrutura da Assessoria de Comunicação do Legislativo mato-grossense conta com rádio, TV e imprensa escrita. Segundo Oliveira, a TV será inaugurada no próximo mês e terá na programação a cobertura do plenário, dois noticiários (às 7 h e às 13 h), o programa Agora é lei (destacando lei recentemente aprovada e seu impacto social), mesa redonda e temas gerais (espaço para cultura regional). Sua transmissão se dará através do canal 36, a cabo, em segmentação com a TV Câmara e a TV Senado

"Nossa maior preocupação foi fugir da monotonia e diversificar a programação com inserção de programas do Ministério da Saúde (campanhas públicas), do Senac e da TV aberta", destacou o diretor da TV de Mato Grosso. Oliveira afirmou ainda que houve dúvidas quanto à terceirização do setor. "Os parcos recursos nos levaram a contratar apenas 23 técnicos, que acabaram formando uma cooperativa."

A Assembléia Legislativa de Mato Grosso também dispõe de uma rádio já em funcionamento e divulga boletim diário de 15 minutos através de estações do interior do Estado.

A experiência mineira

Marcos Rainho, diretor de Comunicação da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, lembrou que é funcionário efetivo daquele Poder há 18 anos e que anteriormente trabalhava no setor de Informática. "O marco zero da nossa TV foi em 1995, quando produzíamos para consumo interno uma programação em VHS de 2h30. Um ano depois, inauguramos a produção aberta diária de 12 horas em Betamax. A sede foi construída em 1998 e aumentamos a produção para 17 horas", recordou o diretor.

Rainho disse também que o objetivo da TV Minas é aproximar o Legislativo do cidadão. "Queremos dar conhecimento das atividades da Assembléia e ressaltar que o Poder se preocupa igualmente com todas regiões do Estado. Por isso, já inauguramos retransmissoras em pontos estratégicos, como as divisas com São Paulo e Rio de Janeiro, para que os habitantes dessas regiões sofram a influência da nossa TV e não de emissoras de outros Estados."

Programação variada

A TV mineira cobre atividades institucionais e eventos externos com representação da Casa que divulguem o trabalho do Poder e tratem de problemas do Estado. "Nenhum critério de programação é imposto pela Mesa Diretora, tudo é discutido entre os parlamentares e os funcionários do departamento."

A programação da TV mineira inclui cobertura ao vivo do plenário, de debates e das comissões, além de entrevistas, um programa educativo (às sextas-feiras) e outro de música clássica (noturno). "Para cuidar da estrutura existe a central de documentação e a técnica; os controles de estúdio ao vivo, de áudio e mestre; a agência de notícias; as ilhas de corte seco e de edição linear; e a pós-produção", destacou Rainho.

Digilab e a TV de Santa Catarina

Segundo o diretor da Digilab, Jorge Perito, que é responsável pela implantação da TV do Legislativo de Santa Catarina, aquela emissora teve problemas similares ao de outras emissoras legislativas, como o compartilhamento de sinal. "Para que o uso do horário não ficasse desorganizado, seu controle foi dado à TV do Legislativo. Ela negocia com as TVs de Câmaras municipais distribuição do horário."

alesp