Da assessoria do deputado José Caldini CrespoO secretário estadual de Economia e Planejamento, Andrea Calabi, e o deputado José Caldini Crespo (PFL), 2º secretário da Assembléia Legislativa, concordam: a atual divisão do Estado de São Paulo não atende mais de forma adequada nem aos municípios nem ao próprio governo estadual. O assunto foi discutido em reunião na manhã desta quarta-feira, 28/4, no Palácio dos Bandeirantes. "Solicitei a audiência para aprofundar o debate em torno de uma proposta constante do Plano Plurianual 2004-2007 elaborado pela Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa). A proposta substitui as regiões administrativas e de governo por três tipos de agrupamentos de municípios: região metropolitana, aglomeração urbana e microrregião", disse Crespo.O deputado ressaltou que seu propósito é contribuir para o debate e a divulgação de propostas que, no âmbito do Planejamento, se proponham a sanar os problemas regionais existentes.Música para os ouvidosA questão regional "é música para meus ouvidos", afirmou o secretário Calabi. Ele e o assessor técnico da secretaria, José Carlos Maurício Hoffmann. falaram sobre as possibilidades de novos "recortes" para o Estado. Entre as estratégias para avançar no cumprimento das diretrizes estabelecidas pelo governador Geraldo Alckmin, Calabi enfatizou três: o destaque das potencialidades territoriais, de forma a atender as demandas e prioridades; a articulação na promoção de ações integradas e na otimização das potencialidades de cada região; e a parceria público-privada, com a participação do interesse privado na promoção de políticas públicas."Precisamos pensar o estado de São Paulo para daqui a 20 anos. O desafio é alterar o que hoje caminha inercialmente. Para isso, precisamos estabelecer um recorte relevante, organizador do futuro. A territorialidade é questão crucial para a organização do estado", afirmou Calabi.Crespo e Calabi concordaram também que um novo modelo de organização regional deve ser acrescentado à necessária divisão em estados e municípios e que São Paulo deve sair na frente e propor seu novo "recorte", independentemente das providências que o governo federal venha a tomar. "Estou propondo que o governo do estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Economia e Planejamento, tome as rédeas dessa discussão, abrindo o debate e colhendo opiniões", concluiu Crespo.jccrespo@al.sp.gov.br