Notas do Plenário


14/03/2008 20:00

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Avaliando o óbvio

Ao comentar os resultados negativos do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), Carlos Giannazi (PSOL) afirmou: "Avalia-se para constatar o óbvio, ou seja, que falta investimento". Segundo o Saresp, apenas 22% dos alunos da rede estadual de São Paulo concluíram o terceiro ano do ensino médio com desempenho considerado satisfatório. Giannazi chamou a atenção para o fato de que o ano avaliado foi o de 2007, justamente quando José Serra cumpriu seu primeiro ano de mandato. "Mas o governo insiste culpar os professores, eximindo-se o de suas responsabilidades", disse o deputado. (AB)

Elevar o patamar

Olímpio Gomes (PV) elogiou a iniciativa da Assembléia de homenagear a Associação de Cabos e Soldados da PM em uma sessão solene proposta pelo seu colega Fernando Capez (PSDB). Mas fez questão de dizer também que além de homenagear os policiais, é preciso apoiá-los com um plano de carreira, salários e benefícios que ponham as condições de vida dos PMs "em um patamar mais elevado". Gomes lembrou que março é a data base da categoria e que, portanto, o governo tem uma boa chance para corrigir injustiças. A principal delas, segundo o deputado, é a não concessão de adicionais a inativos e pensionadas. (AB)

Terceira onda

Voltando à tribuna, Carlos Giannazi (PSOL) informou o plenário sobra a manifestação organizada pelo seu partido, em frente à Bolsa de Valores de São Paulo, contra a privatização da Cesp. Segundo ele, o governo pretende efetivar a operação de venda no próximo dia 26 de março. "Está de volta a privataria", disse Giannazi. "José Serra vai entregar de mãos beijadas o patrimônio duramente conquistado pelo povo paulista". Na opinião do deputado, a iniciativa expressa a lógica privatista do governador José Serra. "Está vindo a terceira onda de privatizações, depois da de covas e da de Alckmin", concluiu. (AB)

Vantagens perdidas

O deputado João Barbosa (DEM) lamentou o veto do governador a projeto de lei sua autoria que proibia o lançamento de gordura ou óleo vegetal na rede coletora de esgotos ou equivalentes. Barbosa disse ter recebido a visita de um empresário da área de biodiesel que teria enaltecido os benefícios do projeto para a população, tanto do ponto de vista ecológico quanto econômico. "Nem eu mesmo imaginava quantas vantagens o projeto trazia", afirmou o deputado. Segundo ele, com a transformação do projeto em lei, o governo evitaria muitos prejuízos com tratamento de esgotos, desobstrução de galerias e despoluição de rios. (AB)

Vitória significativa

Para Olímpio Gomes (PV) a população da Zona Norte de São Paulo obteve uma vitória significativa ao interromper os planos da prefeitura de São Paulo de transferir a zona cerealista do centro para o complexo Center Norte. "O projeto comprometeria ainda mais o trânsito da região, agravaria a poluição e traria muitos problemas para o turismo, que começa a se desenvolver". Segundo ele, moradores e prefeitura formaram uma comissão para estudar alternativas de ocupação da área. "Mas é preciso ressaltar que a zona norte não tem nenhuma intenção de prejudicar a revitalização da região central", disse Gomes. (AB)

Votar urgentemente

O deputado Donisete Braga (PT) iniciou o seu discurso fazendo uma homenagem a Rubens Lara, ex-deputado que faleceu na quarta-feira, 12/3. O parlamentar destacou a necessidade de se votar urgentemente o projeto que trata de regiões metropolitanas do Estado. Ele firmou que o projeto recebeu emendas de vários deputados e está, desde agosto de 2007, na Comissão de Finanças e Orçamento para ser analisado. Donisete disse que se trata de um projeto que contempla políticas para melhorar de forma significativa a vida do povo de São Paulo. "Não entendo porque tanta demora na votação do projeto, por isso vamos cobrar urgência do colégio de líderes", concluiu. (SM)

Educação sem investimentos

Para Simão Pedro (PT) é triste a indicação do Saresp de que 70% dos alunos da rede pública não conseguem aprender operações simples de matemática. Segundo Simão, está mais do que na hora de o governo estadual melhorar a remuneração dos profissionais da educação, fazer um plano de cargos e carreiras e dar condições estruturais para as escolas poderem funcionar. Citou a EE Pedro Taques, em Guaianazes, onde estudou, como tantas outras que se encontram em péssimas condições. "E tudo indica que a educação não receberá os investimentos necessários através do PPA, que ainda está em tramitação nesta Casa", lamentou. (SM)

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