A contaminação acima dos níveis aceitáveis por vomitoxina, uma toxina vegetal produzida pelo fungo fusarium sp , de parte da produção do trigo de inverno dos Estados Unidos, levou o deputado Fausto Figueira (PT) a pedir providências urgentes à Secretaria Estadual da Saúde, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária e aos ministérios da Agricultura e da Saúde, a fim de que o produto não seja introduzido no Brasil e se torne uma ameaça à saúde pública e à agricultura.

"Como presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo, tenho o dever de alertar as autoridades sanitárias para que estejam atentas ao problema", diz o deputado. O maior problema é que o trigo com essa toxina, comercializado a preços mais baixos, costuma ser misturado ao trigo saudável excedente da safra anterior e pode ser importado pelo Brasil e ir parar nas nossas mesas na forma de pães e massas".

Segundo um operador americano entrevistado pela Reuters, os níveis de vomitoxina encontrada no trigo tipo suave vermelho de inverno (utilizado na produção de farinha para pães, massas e rações) na safra deste ano são os mais altos que ele já viu, citando casos em que foram detectadas mais de 10 partes da toxina por milhão (ppm), enquanto a Organização Mundial de Saúde fixa como aceitável um máximo de 1 ppm nos produtos alimentícios prontos para o consumo humano.

A presença da toxina no trigo também ameaça a criação de animais alimentados com ração, em cuja composição entre o cereal contaminado. O consumo de produtos derivados de animais alimentados com ração com excesso dessa toxina também pode provocar danos à saúde, segundo alguns estudos.

Em seres humanos, a intoxicação causada pela vomitoxina pode causar dores de cabeça, febre, inflamação do trato gastrointestinal e, em casos extremos, pode provocar hemorragia e morte.



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