Parlamentares prestam solidariedade ao povo palestino


04/04/2002 17:11

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DA ASSESSORIA

Os deputados Jamil Murad e Nivaldo Santana têm participado ativamente da mobilização em solidariedade ao povo palestino. Utilizando a tribuna da Assembléia Legislativa para denunciar as atrocidades cometidas pelo exército de Israel e marcando presença nos atos e passeatas, os parlamentares do PCdoB defendem a retirada do exército do território palestino, assim como a imediata liberação do presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat.

Membro do Comitê Brasileiro de Solidariedade ao Povo Palestino e antigo defensor da causa palestina no Brasil, o deputado Jamil Murad manifestou grande preocupação com os desdobramentos da ofensiva israelense. Para Jamil, "presenciamos um cinismo israelo-americano tão descarado que provoca indignação e revolta no mais pacato cidadão".

Jamil lembra as últimas declarações do escritor português José Saramago, segundo o qual "Israel só aceita uma paz que lhe convenha e adota um regime rigorosamente de apartheid contra a população palestina".

Nestas circunstâncias, diz o deputado, é necessário entender que os palestinos estão reagindo como podem a uma situação de humilhação e agressão.

Para o parlamentar comunista, a política de Israel é de anexação, baseada em uma plataforma antiga e que procura tirar proveito da atual conjuntura mundial em que os EUA lhe dão todo o apoio logístico, sem um contraponto. "A estratégia do governo nazi-facista de Sharon é de liquidar esta pendência militarmente, pois ele tem forças armadas constituídas, tem Estado, tem retaguarda incondicional dos norte-americanos".

Jamil Murad está preocupado com a insegurança do líder Arafat. "Acredito que Israel está a um passo de descumprir o acordo de não atingir fisicamente o líder Iasser Arafat, pois ele é um líder mais político e com amplas relações internacionais. O governo israelense deve estar pensando que, eliminando Arafat, ficará mais fácil liquidar as pretensões palestinas numa etapa seguinte" avalia o deputado.

Sobre a decisão da ONU, Jamil pondera que não adiantam só palavras. "A ONU deveria intervir com uma força de paz para impor um cessar-fogo, pois isto só está ocorrendo porque Israel conta com a omissão deste importante, mas até hoje inoperante organismo internacional."

O deputado reforça a necessidade de uma mobilização mundial pela paz no oriente médio "Da mesma forma que os povos se levantaram na segunda guerra mundial contra as pretensões nazi-fascistas, é possível e desejável que se levantem mais uma vez pelo fim das injustiças".

Para o deputado Nivaldo Santana, os Estados Unidos são os principais responsáveis pelo acirramento do conflito no Oriente Médio. "A escalada belicista do presidente americano George Bush deu carta branca para os radicais israelenses", diz Nivaldo, criticando a política externa norte-americana. "Os palestinos necessitam de uma intensa solidariedade de todas as pessoas e povos do mundo", afirma.

Em São Paulo, foi realizada caminhada de protesto em direção ao consulado americano nesta quinta-feira, 4 de abril. Outras atividades estão previstas: debate no dia 18 de abril, às 19 horas, na OAB/SP, localizada na praça da Sé, 385, no centro, no auditório do 1º andar. Organizado pelo Comitê e pela Comissão de Direitos Humanos da OAB, o debate terá como tema Os Direitos Humanos do Povo Palestino na Conjuntura Atual, e contará com as presenças do embaixador da Palestina, Mussa Odeh, do professor Mohamed Habib e do jornalista José Arbex Jr.

alesp