Secretaria da Saúde deve assumir combate à dengue na Baixada, diz parlamentar


10/05/2006 19:27

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O deputado Fausto Figueira (PT), 1º secretário da Assembléia Legislativa, cobrou no plenário da Casa, quarta-feira, 10/5, que a Secretaria estadual da Saúde assuma a coordenação de um programa contra a epidemia de dengue que atinge a Baixada Santista. "Estamos vivendo na região uma epidemia de dengue absolutamente assustadora. Cobro da Secretaria da Saúde, por meio da Diretoria Regional de Saúde, uma atuação que vá além dos discursos", disse o parlamentar.

Diante da gravidade do quadro, conforme Figueira, "a Secretaria da Saúde fica literalmente dando palpites sobre a situação, sem assumir a responsabilidade do comando e do gerenciamento de algo de extrema gravidade". Ele apela para que a secretaria assuma a liderança no combate à dengue, "pois as cidades da região são tão próximas umas das outras que praticamente não se conhece a divisa. Se o cidadão não conhece a divisa, muito menos o mosquito da dengue sabe".

O deputado contou que o monsenhor Francisco das Dores Leite, 74 anos, da igreja São Judas Tadeu, de Santos, contraiu dengue hemorrágica. "Como sou médico e continuo exercendo a medicina, o padre Chiquinho, que é meu paciente, foi o primeiro caso de dengue hemorrágica. Ele disse algo sábio, como é a sua característica: que não queria falar como o primeiro caso de dengue hemorrágica, mas sim como o último."

O deputado lembrou que somente na cidade de Santos calcula-se que mais de 300 mil pessoas já tiveram dengue por uma vez. Daí, alerta ele, há a possibilidade de epidemia de dengue hemorrágica numa segunda contaminação pelo vírus. "Ou temos um projeto metropolitano de enfrentamento desta epidemia, coordenado pela Secretaria da Saúde e com a participação de todos os prefeitos e da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) para combater o vetor, ou teremos um descalabro", alerta.

Já foram confirmados até o momento, somente em Santos, mais de 500 casos de dengue. Deste total, quase 430 são autóctones, ou seja, contraídos na própria cidade. Outros 815 casos suspeitos aguardam os resultados de exames.

fausto@faustofigueira.com.br

alesp