Educação à distância apenas como função complementar


20/10/2008 18:00

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Em razão da nova legislação estadual, vigente desde o dia 17/10, que permite a instalação do ensino à distância para 20% das aulas do Ensino Médio no Estado de São Paulo, o deputado e professor Carlos Giannazi (PSOL) protocolou nesta segunda-feira, 20/10, projeto de decreto legislativo no sentido de sustar o artigo 4º e seus dois parágrafos da deliberação 77/2008 do Conselho Estadual de Educação, que trata de novas orientações para a organização e distribuição dos componentes dos ensinos Fundamental e Médio.

Para o deputado, o problema nessa alternativa de ensino tal qual foi implementada é que ela avaliza que 20% de todos os conteúdos curriculares obrigatórios possam ser ensinados de maneira remota (semipresencial) e não como função complementar ao ensino presencial. "Não sou contra a tecnologia e nem ao ensino à distância. O que eu defendo como educador é que avançar na direção de distanciar e separar educadores e alunos, sob o argumento de tecnologias modernas, é apostar fichas no isolamento e na dificuldade de aprendizagem", argumenta.

Na opinião do parlamentar, a educação à distância tem a função complementar ao ensino presencial e essa ferramenta tecnológica ora vigente atende a interesses ou tros que não os da promoção da qualidade do ensino. Nesse sentido, Giannazi aponta os interesses econômicos/financeiros dos donos de escolas particulares, pois se trata de uma política que, na prática, contempla também uma redução de custos tanto de instalações físicas quanto na contratação de professores.



carlosgiannazi@uol.com.br

alesp