Deputada cobra reforma da Delegacia da Mulher de São Vicente


14/03/2005 18:08

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A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) está cobrando a liberação de recursos do governo estadual para reforma e reestruturação da Delegacia da Mulher de São Vicente. A solicitação foi feita por meio de Indicação protocolada na Assembléia Legislativa e ofício dirigido ao secretário estadual de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho. Com a iniciativa, a parlamentar reforça reivindicação da vereadora Mara Valéria Giangiulio (PT), que esteve no local e constatou as péssimas condições de funcionamento.

"É uma situação absurda. Quando toda a sociedade busca reduzir os alarmantes índices de violência contra a mulher, o Estado atua de forma relapsa e permite que uma delegacia fique em estado tão precário", enfatiza a deputada Prandi, com base na descrição do sucateamento feita pela vereadora. Conforme relato de Mara Valéria, o equipamento se encontra "em estado de calamidade".

"A Delegacia está em condições precárias. Há problemas nas redes elétrica e hidráulica. Os banheiros não funcionam, estão com vasos sanitários quebrados e sem descarga. Não há um mínimo de infra-estrutura para que a delegada e as policiais possam trabalhar", enfatiza a vereadora vicentina.

Coordenadora da Frente Regional para Enfrentamento da Violência Contra a Mulher, Maria Lúcia afirma que o governo não pode se limitar a colocar o equipamento em funcionamento, deixando toda manutenção e infra-estrutura por conta da prefeitura. "Pelo que pudemos apurar, o prédio onde funciona a delegacia é cedido pela prefeitura. Mas o Estado também é responsável e não pode ficar omisso", enfatiza a deputada Prandi.

Campanha 100% NÃO

Articulada pela parlamentar, a Frente Regional foi lançada em setembro de 2003. No ano passado, a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Nacional Especial de Políticas para as Mulheres, participou das comemorações do primeiro ano de funcionamento do grupo. No próximo dia 21/3, a frente dará início a uma nova etapa do trabalho, com o lançamento da campanha "Violência Contra a Mulher: 100% NÃO".

"Um dos objetivos é justamente garantir condições de funcionamento a todas as delegacias da mulher da Baixada Santista. Outra questão é a luta pela ampliação do horário de atendimento. Hoje, tais equipamentos ficam abertos praticamente em horário comercial, permanecendo fechados à noite, nos finais de semana e feriados, exatamente os períodos em que há maior incidência de casos de agressão", conclui a deputada Prandi.

mlprandi@al.sp.gov.br

alesp