Os tecnólogos vão conquistar espaço no mercado de trabalho das indústrias, ocupando postos hoje restritos aos bacharéis. Antes, porém, será preciso readequar a estrutura de recursos humanos das empresas para que não haja restrições na contratação desses profissionais com nível superior. A eliminação de barreiras deve começar pelas empresas públicas, como a Petrobras que, por uma opção interna, não disponibiliza vagas para os formados em cursos de Tecnologia, como o de Petróleo e Gás.

A abertura do campo de trabalho de nível superior nas indústrias para os tecnólogos foi o principal ponto de discussão da reunião realizada no último dia 11/6, entre os representantes de instituições de ensino superior da região e a diretoria regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), em Cubatão.

A pedido dos professores e alunos de cursos de Tecnologia, o deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) solicitou audiência com o secretário estadual de Gestão Pública, Sidney Beraldo, para discutir mudanças nos editais de concursos públicos de empresas e órgãos estatais. O objetivo é derrubar as restrições aos tecnólogos. "O setor público precisa dar exemplo à iniciativa privada", justifica o parlamentar.

O encontro foi agendado pelo deputado Paulo Alexandre, que promoverá na cidade de Santos, em agosto, o Fórum Estadual do Ensino Tecnológico, com promoção da Assembléia Legislativa de São Paulo, em parceria com instituições de ensino superior da região. De acordo com o deputado, a discussão envolverá a formação acadêmica, a regulamentação profissional e a inserção dos tecnólogos no mercado de trabalho dos setores público e privado do país. Serão convidadas várias entidades, como a Ciesp, a Fiesp e conselhos regionais de Arquitetura e Química. O Ministério da Educação e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) também devem integrar a mesa de debates.



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