DA REDAÇÃO

A CPI dos Combustíveis ouviu, sob a presidência do deputado Edmir Chedid (PFL), na tarde desta terça-feira, 2/4, o depoimento do diretor nacional de marketing da Shell, Emilio Gouveia.

O diretor de marketing garantiu a qualidade de produtos vendidos nos postos com a bandeira Shell. "Contamos no país com cerca de 3 mil postos e já descredenciamos 600 deles, ou seja, 20% da rede por questão de padrão técnico", declarou Gouveia lembrando que a Shell não admite a venda, em seus postos, de produtos que não levem sua marca. Para assegurar esse procedimento, Gouveia disse que a empresa criou o marcador DNA Shell. Ele também admitiu que a Petroquímica União, que já foi ouvida pela CPI, é uma das fornecedoras da Shell.

Sistema de trabalho

Duas formas são oferecidas pela Shell para que os postos trabalhem sob sua bandeira. Segundo Gouveia, a própria empresa compra o local onde será instalado o posto, ou avalia as condições oferecidas por terceiros para operar o estabelecimento.

Sobre a desativação de escritórios regionais da empresa, o diretor de marketing explicou que a empresa mantém a sede no Rio de Janeiro e opera com representações virtuais no sul do país e no Estado de São Paulo.

Redução do ICMS sobre o álcool hidratado, maior rigor com uma fiscalização conjunta de empresas e governo, além da aprovação da emenda constitucional que trata da incidência monofásica importação/exportação, são sugestões do diretor de marketing para melhorar o setor de combustíveis.

Depoimento secreto

Após a saída de Emilio Gouveia, os membros colheram o depoimento, em reunião secreta, da esposa de Ricardo Daim, detido recentemente por envolvimento em adulteração de combustíveis. Eunice Renata Esteves compareceu acompanhada de seu advogado, que solicitou a realização de sessão fechada.