O deputado Roberto Felício, líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, pediu nesta semana a convocação da secretária de Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, para que preste esclarecimentos sobre as reivindicações dos professores.

Felício apresentou ainda o Projeto de Decreto Parlamentar (PDL) 25/2008 para exigir a imediata revogação do Decreto 53.037/2008, que, segundo ele, é autoritário e inconstitucional.

A greve dos professores demonstra a capacidade de luta e determinação da categoria. No governo Serra, professores são mal remunerados, trabalham em situações estressantes, com más condições de trabalho, salas superlotadas e convivendo com a violência. Apesar de tudo isso, só podem ter seis faltas ao ano, sendo impedidos de ir ou levar filhos ao médico.

Para piorar, o decreto impede transferências de uma escola para outra, estabelece avaliação de desempenho, dificulta participação nos concursos de remoção e atribui aulas compulsoriamente.

Apesar da Secretaria da Educação dizer que a greve tem apenas 2% de adesão, o movimento é forte e atinge mais de 60% das escolas do Estado. "É que os professores não agüentam mais tanta opressão e estão com o governo do PSDB engasgado na garganta", explica Felício.



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