Parlamentar faz palestra sobre Educação e Qualidade Social

Deputada Prandi falará na abertura do XII Encontro Regional Educacional, na Apeoesp de Itanhaém
17/04/2002 17:22

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DA ASSESSORIA

A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) faz a palestra de abertura do XII Encontro Regional Educacional que a Apeoesp promove nesta quinta-feira, 18/4, a partir das 9 h, na subsede da entidade em Itanhaém (r. Antônio Olívio de Araújo, 243, Centro). A parlamentar, que preside há três anos a Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, irá falar sobre Educação e Qualidade Social - Uma outra Educação é possível. O evento prossegue no período da tarde com uma palestra sobre Conjuntura Econômica, Política Social e Perspectivas dos Movimentos Socias, que será ministrada pelo ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Guarulhos, Sebastião Almeida.

"Sem dúvida, a construção de uma política educacional, que prime pela qualidade e atue diretamente na formação de cidadãos, é fundamental para que tenhamos um país com qualidade social. A cada dia, o modelo neoliberal mostra mais ainda sua face perversa e excludente. Além disso, vem sendo reprovado nas próprias avaliações dos governos estadual e federal e de organismos internacionais", frisa a deputada Prandi, que tem promovido sucessivas audiências públicas na Assembléia Legislativa, visando o debate de questões como o processo de municipalização do ensino, a aplicação das verbas da Quota Estadual do Salário Educação (QESE) e a progressão continuada.

"Um outro modelo educacional é possível. Mais do que é possível, este novo modelo é fundamental para colocarmos o Brasil num caminho de desenvolvimento social e econômico. Mas para isso, para fazermos uma autêntica revolução educacional, é preciso uma brutal ampliação dos investimentos no setor. Enquanto nosso país investe apenas 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em Educação, as nações que deram um salto de desenvolvimento aplicaram cerca de 12% de todo dinheiro movimentado por suas economias no ensino", aponta a deputada Prandi, que no início da década de 90 teve acesso a documentos sigilosos do Banco Mundial e antecipou as conseqüências nefastas da política educacional ditada pelo chamado Consenso de Washington.

"Nos últimos anos, houve um brutal empobrecimento curricular, redução do número de horas-aula, desvalorização dos profissionais envolvidos no processo pedagógico, crescimento da violência nas escolas e um processo de aprovação automática, que descaracterizou o sistema de ciclos e a progressão continuada. Precisamos reverter este quadro, buscando um novo modelo que deve ser construído por toda a comunidade e não imposto pelos burocratas de plantão", critica Prandi, que é autora de dois projetos de lei que ampliam o número de horas-aula na rede estadual e determinam a elaboração de um Plano Estadual de Educação. "Não podemos compactuar com um sistema que condena milhões à exclusão e está formando uma geração de analfabetos escolarizados. Sem dúvida, um outro modelo educacional e um outro Brasil são possíveis", finaliza Maria Lúcia.

alesp