Parlamentar e comerciantes discutem obras no trevo da Vila Áurea com presidente da Ecovias


09/04/2002 16:21

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DA ASSESSORIA

A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) e representantes do comércio de Vicente de Carvalho (distrito de Guarujá) reúnem-se nesta quarta-feira, 10/4, às 9 h, com o presidente da Ecovias, Irineu Meireles. Na pauta do encontro, a reivindicação de antecipação das obras de melhoria do acesso ao Trevo da Vila Áurea, situado na rodovia Cônego Domênico Rangoni, previstas para serem iniciadas apenas em 2007. A parlamentar estará acompanhada dos presidentes da Câmara de Dirigentes Lojistas, Olivan Belarmino da Silva, do Rotary Club, Luís Carlos Pacheco, e da Associação Comercial de Vicente de Carvalho, Alcy Leite.

"Esta união é fundamental para que possamos atingir o objetivo, que é antecipar o início da construção de um viaduto naquele local. Esta obra acabará com o cruzamento hoje existente e que tem sido palco de inúmeras tragédias", enfatiza a deputada Prandi, que irá apresentar ao presidente da Ecovias uma estatística do Corpo de Bombeiros sobre o número e a intensidade dos acidentes ocorridos no trevo. Realizado a pedido da parlamentar, este levantamento aponta que, entre 1999 e 2001, aconteceram 21 acidentes naquele cruzamento, matando instantaneamente 5 pessoas e deixando outras 23 gravemente feridas.

Conforme ressalta Maria Lúcia, os números fornecidos pelo 6º Grupamento do Corpo de Bombeiros apontam somente os acidentes em que houve necessidade de acionamento das unidades de resgate para socorrer as vítimas que, na maioria das vezes, ficam presas às ferragens. "Muitos outros ocorrem, mas não entram nesta contabilidade porque são de menor intensidade e não carecem da ação dos bombeiros. Entretanto, não há dúvidas de que o local justifica a fama de ''Trevo da Morte''", frisa a deputada Prandi, que ficou impressionada com a brutalidade dos acidentes relatada por um bombeiro, que já atendeu a várias ocorrências naquele local.

"Antiga reivindicação de nossa comunidade, esta obra é fundamental porque deverá reduzir drasticamente o número de acidentes e, consequentemente, de mortes naquele local. Melhorando o acesso a Vicente de Carvalho, o viaduto também poderá elevar o fluxo de visitantes ao distrito, contribuindo para ampliar a movimentação no comércio local", afirmam Olivan, Pacheco e Leite. Para eles, a população de Guarujá e os milhares de turistas que visitam a cidade não podem esperar tanto tempo pela realização dessa obra. "Somos uma cidade literalmente ilhada, tendo que pagar pedágio para sair pela balsa ou estrada. Não podemos arcar somente com os custos. Temos que obter também os benefícios", completam.

Obra

Conforme informações divulgadas pela imprensa regional, a Ecovias planeja construir um viaduto, eliminando o cruzamento hoje existente. O local é uma verdadeira roleta russa, especialmente, para quem vem de Guarujá e precisa cruzar a pista para entrar em Vicente de Carvalho ou para aqueles que saem do distrito, sendo obrigados a atravessar a estrada para seguir em direção a São Paulo. Entretanto, esta obra só estaria prevista para ser iniciada em março de 2007, devendo estar concluída em maio do ano seguinte.

Atualmente, as duas pistas são separadas apenas por uma ilha de concreto, que prejudica a visão dos motoristas. Assim, quem precisa atravessar a estrada é obrigado a avançar o veículo sobre as faixas de rolagem para poder ver a aproximação dos automóveis até ter a oportunidade de cruzar a rodovia, o que amplia os riscos de colisão. Usuária regular da antiga Piaçaguera-Guarujá, a deputada Prandi acredita que os problemas deverão aumentar ainda mais após a conclusão da segunda pista da Rodovia dos Imigrantes, o que deve ocorrer até o final desse ano.

"O fluxo, que já é intenso, deverá ser multiplicado. Conseqüentemente, também crescerão a probabilidade de aumentar o número e a gravidade dos acidentes", enfatiza Maria Lúcia. Como alternativa até que o viaduto seja construído, a parlamentar propõe a implantação de uma espécie de rotatória, semelhante ao modelo usado na rodovia Rio-Santos, no trevo de entrada de Bertioga. Assim, os motoristas que trafegam nos dois lados da estrada são obrigados a reduzir a velocidade, facilitando o acesso daqueles que queiram cruzá-la.

alesp