Da Tribuna


23/06/2009 20:54

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Investimentos pedagógicos



Com relação à educação, Simão Pedro (PT) afirmou que os grandes jornais têm dado notícias mais aprofundadas, demonstrando mais atenção à educação e à situação dos professores. De acordo com o deputado, é preciso dar uma solução definitiva para o problema educacional a partir de mobilizações contínuas que, segundo ele, foi o que levou o governo a se comprometer com a realização de concursos. Para ele, o governo tem a tendência de culpar os professores pela sua má gestão e mau desempenho dos alunos. O parlamentar afirmou ainda que protocolou um estudo sobre a necessidade de maiores investimentos em recursos pedagógicos e tecnológicos. (NS)



Precatórios para pessoas físicas



Ao ver as galerias lotadas, Edson Ferrarini (PTB) comentou o interesse dos professores por um município de melhor qualidade. De acordo com ele, apesar do aluno ser o objetivo de toda a educação, o professor é a razão fundamental do bom ensino e, por isso, deve ser bem remunerado. Ferrarini afirmou que protocolou uma indicação ao governo que aborda o problema dos precatórios, um verdadeiro calote, segundo Ferrarini. O deputado propôs ao governador que as pessoas físicas também tenham o direito de pagar as suas dívidas com precatórios. Para ele, essa dívida do Estado é um calote vergonhoso que merece a sua luta e batalha. (NS)



Escondendo a sujeira



Donisete Braga (PT) demonstrou sua expectativa de ver a Casa demonstrar compromisso com a educação e declarou: "hoje, esse parlamento tem a grande responsabilidade e compromisso de ter ação concreta com relação aos PLCs 19 e 20". De acordo com ele, os profissionais da educação têm a missão de grande dedicação e determinação diante de uma sala de aula. O deputado destacou ainda a falta de sensibilidade por parte do Estado. Para ele, o Estado está devendo também na recuperação dos adolescentes quando, ao mudar o nome da Febem para Fundação Casa, está, segundo ele, "escondendo a sujeira debaixo do tapete". (NS)



Necessidades dos profissionais



Para Antônio Mentor (PT), o governo tem uma preocupação contraditória com relação aos setores fundamentais para formação da sociedade. De acordo com ele, a Fundação Casa não mudou nada além do nome, e continua sendo, segundo ele, um "depósito" de jovens, com os mesmos métodos, termos e vícios das unidades prisionais. Para ele, o governo não prioriza a educação e tampouco os educadores que, segundo ele, além de ser mal remunerados, trabalham em condições inadequadas. Mentor afirmou que os deputados querem adequar os projetos do governo para atender as necessidades dos profissionais da educação e declarou: "é triste ver a importância que o Estado dá à educação". (NS)



Falta de dignidade



Segundo Olimpio Gomes (PV), a dignidade que os servidores buscam para o exercício da sua profissão, falta ao governador. De acordo com ele, o Governo é completamente fechado, e não ouve os anseios e as necessidades das entidades que representam a educação no Estado de São Paulo. Para o deputado, a população está sendo enganada por um governo despótico e preconceituoso que, ao invés de investir nesses setores, está gastando com publicidade. Gomes mostrou sua indignação com o atual governo e chamou o governador José Serra de "José Erra", ao nomear seus constantes erros na área da segurança, da saúde, da educação, dos pedágios e dos presídios. (NS)



Droga não tem cura



Ao ver os livros errados distribuídos para a rede pública estadual, Edson Ferrarini (PTB) diz que não entende a política da Secretaria da Educação. Diversas vezes sugeriu a adoção de dois livros de sua autoria, que tratam de prevenção às drogas, sem sucesso. "Na porta das escolas se vende maconha, isso pode!", desabafou. Segundo Ferrarini, que há mais de 30 anos faz o trabalho de prevenção a drogas e tem grande experiência, trata-se de livros voltados ao jovem, aos educadores e aos pais. A prevenção, para Ferrarini, tem de começar em casa, na família, porque o vício não tem cura: "Já recebi um mesmo dependente 45 vezes", revelou.



Batalha



"Sem prevenção, não vamos vencer esta batalha (das drogas)", disse Afonso Lobato (PV), que acha que, para as secretarias de governo, "é difícil pensar a prevenção". Para ele, objetivos eleitorais fazem com que se perca de vista o planejamento, e as políticas públicas acabam gerando investimentos que não atingem o objetivo de prevenir a violência e o crime que têm origem no consumo de drogas. "Quanto custa para o Estado, para os contribuintes, construir presídios? Como diminuir o impacto da criminalidade e da violência?", pergunta Lobato.

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