Assembleia Popular


27/05/2011 08:11

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Constituição na mão

A maioria da população não tem acesso à Constituição federal, afirmou José Luiz Leonel Aguiar, da Ordem dos Parlamentares do Estado de São Paulo. Cada cidadão deveria receber um exemplar da CF, segundo o orador. Ele sugeriu que algum deputado apresentasse um projeto de lei nesse sentido.



Gordas e pesadas

José Roberto Alves da Silva explicou que, com a evolução da sociedade brasileira, foram criados órgãos de fiscalização, como o Judiciário e o Ministério Público. Para ele, entretanto, essas instituições foram "engordando" e se esquecendo de suas missões. Ele noticiou também que uma escola técnica do Estado não suporta o peso de uma máquina necessária ao aprendizado dos alunos por ser muito pesada.



Comilões?

Em relação ao vídeo de uma professora do Rio Grande do Norte, que se tornou famoso na internet, ao protestar sobre condições de trabalho e salários, o orador Mauro Alves da Silva, do Movimento de Olho na Escola Pública, disse que faltou divulgar que a professora trabalha em mais de uma escola e pertence a um partido político. Segundo Mauro, ela rebatia críticas do Ministério Público daquele Estado, que examina se professores têm comido as refeições das crianças.



Respeito e dignidade

O representante da Associação Vanguarda dos Moradores do Jardim Itaboraí, José das Mercês de Freitas, reclamou da violência. Segundo ele, isso tem impedido as pessoas de saírem de casa e se divertirem. Ele pede respeito e dignidade para todos. Freitas também reclamou do transporte público e do atendimento na área da saúde.



Educação e informação

Cantando, Sílvio Del Giudice, do Instituto Zero, disse que ninguém respeita a Constituição federal. Ele também pleiteou a criação do conselho estadual da educação. Segundo Sílvio, é preciso democratizar a divulgação das notícias. "Nas cidades mais distantes, só tem sinal da Globo, Record e SBT", protestou.



Amnésia sindical

José Leonilson, do Movimento dos Trabalhadores em Call Center, disse que alguns sindicalistas, após assumirem a direção dos sindicatos, sofrem de amnésia. Ele disse não entender como o sindicato faz pesquisa para saber quais a principais demandas dos trabalhadores em call center. "Ora, se os sindicalistas não sabem, quem vai lutar pelos direitos desses operários?", questionou.



Salário de fome

Discursando em prol dos funcionários da Fundação Casa, Valdeci dos Santos Lopes, do Sitraemfa (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e à Família do Estado de São Paulo), disse que o governo demitiu, em 2007, milhares de funcionários, mas que eles foram reintegrados. Ocorre que esses trabalhadores estão próximos de pedirem demissão, pois estão recebendo "salário de fome".



Situação grave

Clotilde Oliveira Borges também defendeu interesses dos funcionários da Fundação Casa. A oradora informou que eles estão em "estado de greve". O salário é inferior a R$ 1 mil e as condições de trabalho são muito ruins, gerando muita insegurança. Ela classificou a situação como "grave".



Rebeliões

Graves rebeliões podem acontecer na Fundação Casa, segundo Julio da Silva Alves, presidente do Sitraemfa, com a paralisação prevista para a categoria, a partir do dia 1/6. Segundo ele, a greve se tornou inevitável uma vez que a pauta de reivindicações da categoria foi enviada há mais de 90 dias, sem resposta do governador.



Direito de manifestação

Cremilda Estella Teixeira, secretária executiva da Comissão de Cidadania da OAB, reivindicou o direito, garantido pela Constituição federal, de se manifestar. Tal direito estaria sendo impedido a ela e a pais de alunos das escolas públicas, por professores não comprometidos com a boa qualidade do ensino.



Direitos do consumidor

Laurindo Pucci, do Conselho de Clientes da Elektro, explicou que representa a comunidade em que reside, na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, e que defende os consumidores das empresas de eletricidade, em especial da Elektro.



Desocupação indébita

Josanias Castanha Braga, do Movimento Social Capela do Socorro e Parelheiros, criticou a pressão que a subprefeitura da região tem feito para que os moradores desocupem áreas próximas ao rodoanel, sob a justificativa de serem áreas de risco. Reivindicou que o Ministério Público investigue o problema.



Crime sem castigo

Merice Andrade de Quadros, da ONG Embu-Guaçu em Ação, criticou o fato de Pimenta da Veiga, condenado há 11 anos, só agora ter sido preso, tendo, ainda, a possibilidade de recorrer. Falou também sobre meio ambiente, defendendo a sua proteção, sem esquecer os direitos do ser humano.



Perda da visão

Nilton Gama Santos, usuário do SUS em Embu-Guaçu, relatou problemas que enfrentou no sistema de saúde de sua cidade, quando adoeceu em janeiro deste ano, o que resultou na perda quase total de sua vista direita.



Reivindicações

Morador da região de Parelheiros, Wilson Luiz Gomes reivindicou moradia, iluminação, água, asfalto, esgoto, pavimentação e transporte para a sua região. (mlf)

alesp