Nenhum projeto e nenhuma intenção, por mais bem elaborados que sejam, serão realidade se não houver vontade política para executá-los. A vontade política é forma que o idealismo e a definição político-ideológica assumem quando decidimos agir e verificar, na prática, se o que pretendemos em favor do povo é realmente verdadeiro. A ação para chegarmos a resultados positivos em qualquer atividade, mas principalmente nas parlamentares, definirá com clareza a transparência de princípios e a competência de quem a exerce. Mais que isso: a ação em defesa dos direitos da população exigirá sempre muita convicção, determinação e coragem.Não existe ação simplesmente de gabinete, de tribuna. A política diferenciada que praticamos é a de ir aonde o povo está, ouvir suas exigências, reivindicações, críticas, inquietudes e transformá-las em instrumentos legais que, devidamente defendidos e acompanhados, tornarão realidade as medidas para solucionar problemas, resolver conflitos, criar novas estruturas de desenvolvimento na educação, na saúde, na economia, na infra-estrutura, nos esportes de participação coletiva e de competição, na cultura de modo geral. Somente estando com as comunidades e controlando com elas as etapas de realização do que exigiram, poderemos realmente representá-las, pois não existe ação produtiva sem trabalho, muito trabalho integrado. É nesse ambiente que se dá o vínculo entre o parlamentar, a população e os encaminhamentos para sua melhoria de vida. Aqui se dá a luta sem tréguas contra a indiferença burocrática, a incompetência, a ineficiência e a ausência de atividade construtiva dos poderes públicos, a insensibilidade dos setores mais privilegiados da sociedade e, por isso, a luta contra as desigualdades impostas por sistemas nos quais o trabalho é desvalorizado em função do lucro financeiro, das grandes jogadas financeiras que não geram empregos nem renda, mas aniquilam o assalariado e o empresariado brasileiro, que arcam com todas as desvantagens desse sistema injusto e pagam as contas dos desastres sociais que gera.É a batalha contra a impossibilidade do legislador trabalhar nos assuntos financeiros da nação, que ficam na atribuição exclusiva do Executivo, por disposições constitucionais que atendem àquele sistema pérfido e antidemocrático, e não aos interesses do povo e do país. Quantos projetos notáveis e viáveis de desenvolvimento econômico poderíamos gerar, não fosse a exclusividade do Estado nessa área... Essa realidade tem de ser mudada. Por isso nossa ação, nosso trabalho e nossa luta são sem tréguas a favor da terceira idade, do trabalhador assalariado, da proteção e encaminhamento da infância e da juventude, da geração de empregos, dos esportes como meio de formação física e moral, a favor da participação popular nas decisões de seu próprio futuro, na defesa da legalidade democrática e dos meios pacíficos para a solução dos conflitos sociais. Por um Brasil melhor, mais progressista, mais democrático, mais humano* Marquinho Tortorello é deputado estadual, vice-líder do PPS.