Em reunião realizada nesta quinta-feira, 26/10, pela Comissão de Fiscalização e Controle da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Edmir Chedid (PFL), o presidente da Sabesp, Ariovaldo Carmignani, anunciou o fechamento, na semana passada, de contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o financiamento da recuperação do Rio Tietê e adiantou que as negociações com o Japan BIC, que possibilitará a conclusão das obras de saneamento na Baixada Santista, já se encontram em sua fase final.

Carmignani foi convidado pela comissão para prestar esclarecimentos sobre atuação da Sabesp nos novos municípios, investimentos, endividamento e situação financeira da empresa. Ele iniciou sua exposição afirmando que, graças ao bom desempenho econômico e financeiro obtido no primeiro semestre deste ano, a Sabesp terá a possibilidade de investir maciçamente em programas voltados para a universalização do saneamento no Estado. "Até o final do governo Covas, o Estado de São Paulo estará em igualdade de condições em relação a países como a Inglaterra e a França no que diz respeito à coleta e tratamento de esgotos", afirmou.

De acordo com os dados apresentados pelo presidente da Sabesp, em cinco anos, com investimento em torno de R$ 4,1 bilhões, o Estado passou a contar com 100% da população abastecida com água potável, 80% dos esgotos coletados e 60% dos esgotos tratados. "São índices bem superiores aos observados no resto do Brasil", disse Carmignani.

O deputado Jilmar Tatto (PT) questionou o rodízio de água implementado no primeiro semestre deste ano. "Se a empresa apresentou resultados tão bons, por que não foi possível investir em obras que evitassem o racionamento?", perguntou o deputado. Carmignani atribuiu a falta de água na Grande São Paulo aos baixos índices de chuva verificados no sudeste do país no semestre passado. "Só no mês de maio, quando foi lançado o rodízio, choveu 85% abaixo da média típica do período, o que era impossível de se prever", afirmou o presidente da Sabesp. Tatto também reivindicou que os dados financeiros da empresa fossem colocados à disposição dos parlamentares através do Sistema Integrado de Gerenciamento da Execução Orçamentária (Sigeo).