Parlamentar ainda defende uma CPI sobre áreas contaminadas


23/04/2002 17:25

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DA ASSESSORIA

Diante de mais dois casos graves de contaminação que se tornaram públicos nos últimos dias, verificados na cidade de Bauru - onde os exames revelaram que 76 pessoas estão contaminadas por chumbo - e na Vila Carioca, na Capital - onde, segundo estimativa da promotoria, até 30 mil pessoas podem ter sido afetadas pelas substâncias tóxicas -, o deputado estadual Wagner Lino (PT) defende a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das áreas contaminadas do Estado de São Paulo.

O pedido de criação de uma CPI nesse sentido foi protocolado pelo parlamentar em agosto de 2001, após a divulgação da contaminação verificada no conjunto residencial Barão de Mauá, no município de mesmo nome da Grande São Paulo.

A CPI, além de investigar as empresas causadoras de poluição, também visa apurar a falta de atuação da Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb) do governo do Estado, órgão que deveria monitorar as áreas contaminadas buscando prevenir prejuízos ao meio ambiente e à população que vive próxima a essas áreas.

Lei cria o cadastro de áreas contaminadas

O parlamentar também entrou na Assembléia Legislativa de São Paulo, em outubro de 2001, com um projeto de lei que obrigaria o governo do Estado a publicar no Diário Oficial, a cada bimestre, um cadastro completo das áreas contaminadas ou sob suspeita de contaminação. "Isso evitaria que a população fosse surpreendida já com a saúde afetada, como ocorreu no caso da Shell em Paulínia e agora em Bauru", afirma Wagner Lino.

alesp