A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) solicitou, por meio de requerimento de informações protocolado na Assembléia Legislativa, esclarecimentos do Executivo estadual sobre o atual estágio do projeto de criação de linha de balsas para motociclistas na travessia entre Vicente de Carvalho (Guarujá) e o terminal da praça da República, no centro de Santos.

Segundo Prandi, o governo anunciou a realização de estudos técnicos em outubro de 2005, com previsão de a nova linha de transporte estar disponível em 2006. Ela questiona ainda se o Governo do Estado mantém o interesse no projeto e se há obstáculos que possam impedir sua concretização.

"A gerência de Travessias da Dersa reconheceu, à época, que o projeto seria vantajoso para os motociclistas e que os investimentos seriam baixos, implicando apenas a colocação de balsas mistas em operação e a execução de adaptações, como a construção de rampas", lembra a parlamentar. Segundo ela, o uso de motocicletas é alternativa para fugir à precariedade do transporte coletivo, além de reduzir gastos, ganhar mobilidade e tempo.

Estatísticas apontam que cerca de 4 mil motociclistas utilizam a travessia entre Santos e Guarujá, diariamente, nos dois sentidos. "Parte desse movimento pode ser deslocada para a nova opção, com a vantagem de desafogar o sistema atual", enfatiza Maria Lúcia.

A deputada quer saber se o investimento já foi mensurado e qual a disponibilidade orçamentária. Indaga, ainda, se a Dersa já discutiu o projeto com as prefeituras de Santos e de Guarujá e com a Codesp.

Maria Lúcia Prandi também está cobrando do Governo do Estado agilidade na construção de novo atracadouro para a travessia Bertioga"Guarujá. Já há uma área de 1.300 m² liberada para o empreendimento, no Jardim Veleiros.

O terreno está situado a 700 metros do atual atracadouro, que fica em frente à avenida Anchieta, no Centro. Segundo estudos de viabilidade desenvolvidos pela Prefeitura de Bertioga, a mudança do ponto de embarque e desembarque beneficiará os cerca de 20 mil moradores e milhares de turistas que passam pela cidade anualmente. Isso porque o trajeto da travessia será reduzido em cerca de 200 metros e as filas de espera para embarque também serão reduzidas.

"Os estudos do novo atracadouro começaram a ser desenvolvidos em 2004 e a execução da obra depende de recursos estaduais", salienta Maria Lúcia. Estimativas apontam um custo de R$ 2,8 milhões. "O Governo do Estado faz escassos investimentos em Guarujá e Bertioga. Portanto, está em débito com a população e deve priorizar a obra, que favorecerá o turismo e a geração de receitas", conclui a deputada.

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