Dia do Pesquisador Científico é marcado por reivindicações salariais


18/11/2011 21:43

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Em homenagem ao Dia do Pesquisador Científico, comemorado em 18/11, foi realizado ato solene que com a presença de trabalhadores e representantes dos institutos de pesquisa. Há algum tempo a classe vem lutando por reajuste salarial, e aproveitou a data comemorativa para levar seu pleito ao Palácio dos Bandeirantes, pela manhã, antes de comparecer ao ato.

Salvador Khuriyeh, assessor da bancada do PT, inaugurou o evento e parabenizou a todos pela manifestação realizada em frente ao palácio. O presidente da Associação de pesquisa, Laerte Machado, agradeceu aos colaboradores e passou a palavra aos deputados Jooji Hato (PMDB) e José Zico Prado (PT). Hato admitiu que nunca a Casa recebeu um número tão grande de pesquisadores e ofereceu apoio irrestrito a todos. Considerou a pesquisa um importante objeto para o desenvolvimento do país, de forma que as áreas de educação, saúde e segurança não crescem sem sua ajuda.

"As negociações começam com o governo, mas o ponto final é aqui", comentou Zico Prado, explicando que quando o projeto chegar à Casa sofrerá emendas, tanto para o bem quanto para o mal, e que cabe aos interessados ficar de olho. "A única forma de conquistar espaço é na luta política do dia a dia", alertou o deputado, manifestando o apoio da bancada do PT.

O presidente da Assembleia paulista, Barros Munhoz (PSDB) não pôde comparecer ao evento, entretanto enviou uma mensagem por gravação aos pesquisadores presentes. Munhoz parabenizou a todos pelo dia, elogiou a profissão e disse que acredita no compromisso de restaurar a dignidade salarial da carreira e que gostaria que esse projeto fosse votado na Casa até o final do mês de novembro. "Já está mais que na hora de reconhecer o valor da pesquisa", declarou.

Também estavam na mesa José Leonardo da Comissão Permanente do Regime de Tempo Integral (CPRTI); Luis Roberto Gonçalves, do Instituto Butantan; Marcelo Farca, do Instituto Butantan e representante do Fórum de Diretores de Pesquisa; e José Eduardo Torrezoni, um dos pesquisadores que auxiliam nas negociações.



Negociações



José Eduardo fez um breve relato sobre a ida ao palácio e a conversa com o governo. Ele contou que foi mencionada a existência de quatro propostas de reajuste, sendo a diferença entre elas a forma de pagamento, mas não foi citado número de parcelas e nem valores. "Nossa mobilização não pode terminar na data de hoje, nem em um eventual anúncio, para não ficarmos o resto da vida sem ser olhados". Para Laerte a defasagem está muito alta e um reajuste de 15% ou 20% não resolverá os problemas dos pesquisadores.

Olimpio Gomes (PDT) também prestigiou o evento e reafirmou seu compromisso com todo o segmento dos servidores públicos. "O governo não cumpre com o que fala, nem com o que assina", disse, referindo-se à data base do funcionalismo, que ainda não foi colocada em prática. Gomes avisou aos pesquisadores que serão realizadas apenas 12 sessões até o recesso, de forma que será difícil votar o projeto ainda neste ano. Por isso, pediu aos servidores que continuem se mobilizando e chamando a atenção da opinião pública.

Para finalizar a reunião, Marcelo Farca explicou o papel do Fórum dos Diretores de Pesquisa. "Desde 2009 ele está desarticulado e em agosto deste ano foi retomado. Acreditamos que através do fórum seja possível fazer pressão sobre os secretários para reajustes e outros assuntos". O representante do Butantan alegou que a Casa está devendo muito a essa categoria, e que é hora de a ciência tecnológica ser reconhecida em São Paulo.

alesp