Confronto entre as polícias de São Paulo


16/10/2008 20:55

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Os parlamentares Roberto Felício, líder da bancada do PT, Carlos Giannazi, líder do PSOL e Olimpio Gomes (PV) foram ao Palácio dos Bandeirantes, nesta quinta-feira 16/10, antes da chegada dos manifestantes, com o objetivo de interceder pela retomada de acordo entre a comissão de negociação da Polícia Civil e o secretário de Gestão Pública Sidney Beraldo, do governo José Serra.

Quando foi deflagrada a greve, o governo Serra publicou informe publicitário afirmando "já ter concedido reajustes salariais a policiais civis, militares e técnico-científicos em 2007", informação contestada por líderes do movimento da polícia.

Em 19/9, o governo editou o Decreto 53.444 que remanejava R$ 37 milhões da Secretaria da Segurança Pública, sendo R$ 15 milhões da Polícia Civil e R$ 22 milhões da Polícia Militar, para bancar custos da mudança do prédio do Detran. No dia 23/9, a bancada do PT apresentou requerimento de informações aos secretários da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, e da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira Filho. Entre os 17 questionamentos feitos às secretarias estão pontos relativos à pauta de reivindicações dos policiais civis, como a realização de audiência para a apresentação formal desta pauta e possíveis contrapropostas.

No dia 15/10, o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Machado Costa, esteve na Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia e foi questionado pelos deputados petistas quanto ao excesso de arrecadação das receitas, mais de R$ 7 bilhões. O secretário admitiu que há recurso no caixa do Estado e disse que o governo estava oferecendo reajustes para alguns setores. A bancada questionou também o baixo gasto com pessoal e apontou que há mais de R$ 5 bilhões de recursos para o governo dar reajuste aos funcionários públicos, sem infligir a Lei da Responsabilidade Fiscal.

O líder do PT informou que o confronto começou quando o governo disse ao comando de greve que não iria recebê-lo enquanto mantivesse a greve e as manifestações. "Nós temos a certeza de que as polícias civil e militar não queriam chegar a esse ponto. O confronto aconteceu por falta de diálogo e sensibilidade política do governador José Serra", ressaltou Roberto Felício.



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