Deputados intercedem na abertura de negociação entre funcionários e direção da Febem

Reunião na Assembléia reúne assessor da presidência da fundação, deputados e funcionários em greve de fome
24/04/2002 16:12

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DA REDAÇÃO (com fotos)

Trabalhadores da Fundação para o Bem-Estar do Menor (Febem), em greve de fome desde o dia 22/4, segunda-feira, foram recebidos na manhã desta quarta-feira, 24/4, por parlamentares estaduais paulistas. Ata do encontro será entregue à presidente da fundação, Maria Luiza Granado, nesta mesma quarta-feira, à tarde. Os funcionários querem a readmissão imediata dos colegas demitidos enquanto estavam em tratamento de saúde por problemas decorrente de acidentes de trabalho e doenças funcionais, querem, também, a reintegração de todos os funcionários da unidade de São Vicente, Baixada Santista, bem como a análise, caso a caso, das outras demissões.

Para o presidente do sindicato dos trabalhadores da Febem, Antônio Gilberto da Silva, a reunião como o assessor da presidência da Febem, Edson Ferraz, que teve a intermediação da Assembléia, através dos deputados petistas Mariângela Duarte, Antônio Mentor e Wagner Lino, marca o início do diálogo com a instituição. "Queremos ser ouvidos para evitar as inúmeras injustiças que vêm acontecendo na Febem", afirmou Gilberto, que reuniu um dossiê completo contendo denúncias e sugestões para aprimorar o trabalho da Fundação. "Não podemos assistir à demissão de funcionários dedicados, enquanto outros, que se utilizam de métodos violentos para manter a ordem nas unidades são promovidos. O sindicato não aceita que apadrinhados sejam considerados funcionários de primeira classe enquanto a maioria da categoria tem de conviver com condições estressantes e insalubres de trabalho", falou o presidente do sindicato.

Edson Ferraz assumiu o compromisso de apresentar à presidente da Febem a ata contendo as reivindicações dos funcionários e agendar reunião para amanhã, quinta-feira, 25/4, com representantes do sindicato e deputados para agilizar um acordo que possa determinar o final da greve de fome e restituir a tranqüilidade aos funcionários da Febem. "Minha presença aqui é um gesto de abertura de diálogo da nova direção, que assumiu há dois meses, com os funcionários da instituição. Esperamos que os funcionários interrompam a greve de fome e possamos efetivar um acordo", afirmou Edson.

alesp