Com cerca de três milhões de idosos, o que corresponde a mais de 20% da Terceira Idade do País, o Estado de São Paulo precisa aprimorar as políticas de atenção a essa parcela da população. Como parte da proposta de aprofundar a discussão, a Frente Parlamentar Estadual Pró-Envelhecimento Saudável, da Assembléia Legislativa de São Paulo, promoverá sua 27ª audiência pública, nesta quarta-feira, 23/11, às 14 horas, no Auditório Franco Montoro. A deputada Maria Lúcia Prandi (PT), coordenadora da Frente, conduzirá os trabalhos.

O encontro terá como convidada especial a socióloga e gerontóloga Lilia Ladislau, que falará sobre o tema "A luta do cidadão idoso " trajetória e desafios". Além de estudiosa do assunto, Lilia acumula grande experiência como assistente da Gerência de Estudos e Programas da 3ª Idade do Sesc/SP.

A deputada Prandi destaca que as audiências públicas da Frente Pró-Envelhcimento Saudável contam com a presença maciça de pessoas da Terceira Idade. "Os encontros são importantes para a formulação de políticas públicas, mas também cumprem o papel de ampliar a conscientização dos idosos e torná-los mais atuantes na luta para assegurar o respeito aos seus direitos".

Segundo enfatiza a parlamentar, o Brasil não é mais um país de jovens. O crescimento da juventude é de apenas 2,5% ao ano, em contrapartida à constatação de uma verdadeira "explosão" da Terceira Idade neste século.

O Brasil está entre os 10 países do mundo com maior número de idosos. A luta pela definição e implementação de políticas públicas para a Terceira Idade é um dos focos principais da Frente Parlamentar Pró-Envelhecimento Saudável. Em seus mais de quatro anos de existência, a Frente tem se consolidado como importante canal de expressão e de reivindicações.

Estatísticas apontam que, até 2025, o Brasil apresentará a segunda maior taxa de crescimento da população com mais de 65 anos. Entre 11 países analisados, perderá apenas para os Estados Unidos. A população brasileira com mais de 80 anos de idade deverá triplicar e a expectativa de vida poderá chegar a 92,1 anos. "Viver é um privilégio. Viver com qualidade é um direito", ressalta Maria Lúcia. A parlamentar é autora de sete projetos de lei e de uma lei estadual que tratam da defesa dos direitos da Terceira idade.