Rose Romano dá vazão à fantasia por meio da criatividade e da recuperação de resíduos

Emanuel von Lauenstein Massarani
18/05/2004 14:00

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Rica de estímulos, de impressões e de propósitos, Rose Romano obedece a um impulso criativo próprio e a íntimas emoções marcadas e alimentadas pela crueza da vida. Criando refinadas grafias cromáticas, obtidas com sapiente distribuição, é difícil reencontrar em sua obra uma raiz cultural de origem ou de influência, mesmo a mais colateral.

Com um entrelaçar de traços e resíduos de madeira que se materializam, carregados de poesia, com desenhos que remetem ao clássico, tanto a lápis preto quanto a cor sobre papel, Rose Romano dá vazão a uma fantasia que se envolve de uma realidade imaginada.

Em suas obras, expressas com suaves cromatismos, os temas são exemplificados através de soluções estilizantes que fazem transparecer toda uma problemática relativa à pesquisa sócio-psicológica sobre o reaproveitamento de resíduos e sucatas de madeira.

A produção dessa artista é uma busca contínua de soluções pessoais através da "Recuperation Art". Por esse motivo, Rose Romano não segue uma impostação unívoca, ela se manifesta com resultados ecléticos gerados de um estudo formado de diversas instâncias e reflexões. Assim é a obra Rosácea, doada ao Acervo Artístico do Parlamento Paulista, que alia técnica, cromatismo e bom gosto.

A Artista

Rose Romano nasceu em São Paulo, em 1962. Formou-se designer de interiores, na Escola Panamericana de Artes, em 1983. Participou ainda dos cursos Reciclagem e Acabamentos de Imóveis pelo Senac de São Paulo; Faiança, com a professora Elizethe Potye (1994); pintura trompe l'oeil, com Ronaldo Bertaco (1998); pinturas decorativas na Fundação Armando Álvares Penteado (1999). Em 2000 iniciou estudos de arte contemporânea no Studio Contempoarte, sob a orientação do artista chileno Waldo Bravo.

Ao participar do Salão de Artes Visuais de Vinhedo (2003), recebeu menção honrosa pelo conjunto de seus trabalhos. Esteve presente com suas obras em diversas exposições individuais e coletivas, destacando-se: XX Mostra Anual de Pintura sobre Papel e Faiança, Clube Pinheiros, SP (1996); Mostra de Arte Contemporânea Tempo Aberta, Espaço Cultural Paineiras do Morumbi, SP; 1ª Bienal de Gravura de Santo André, Paço Municipal, Santo André (2001); "Assimilações", Galeria Villaça Bisacchi, SP, e 34º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba (2002). A artista possui obra no Acervo Artístico da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

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