Justiça concede direito de resposta contra Record e Rede Mulher


16/05/2005 16:14

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A Justiça Federal concedeu liminar que obriga as redes de televisão Record e Rede Mulher a concederem direito de resposta aos religiosos e representantes de entidades de culto de religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda. De acordo com a liminar concedida no dia 12 pela juíza da 5ª Vara Federal Cível, Marisa Cláudia Gonçalves Cucio, os religiosos terão direito a um programa de uma hora, a ser veiculado por sete dias, no qual poderão se defender das agressões sofridas durante os programas da Igreja Universal, transmitidos pelas duas emissoras.

Em dezembro de 2003, cerca de 200 líderes de diversas religiões fizeram uma marcha da Avenida Paulista até o Ministério Público Federal para protocolar uma representação exigindo a retirada de programas discriminatórios veiculados pela Record e Rede Mulher e a apuração de responsabilidade criminal. De acordo com o coordenador da Frente Parlamentar pela Ética na TV e um dos autores da representação, o deputado Sebastião Arcanjo (PT), ao difamar, enxovalhar e demonizar as religiões de matriz africana, os programas incitam o preconceito e a discriminação religiosa.

"A liminar concedida simboliza um avanço no combate à intolerância religiosa. É importante que as emissoras de televisão tenham consciência de que cumprem uma função social", afirmou o deputado.



tiaopt@uol.com.br

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