A preocupação com a devastação do meio ambiente é um assunto mundial. Desde 1972, quando a Assembleia Geral das Nações Unidas instituiu 5 de junho como o Dia Mundial do Meio Ambiente, muitos países usam a data para promover a conscientização e a preservação ambiental, com o objetivo de chamar a atenção para esta importante missão. Na última semana (4 a 10 de junho), o governo do Estado de São Paulo realizou a "Semana do Meio Ambiente", cujo tema não poderia ser outro: "Juntos cultivamos o futuro". É interessante observar que nunca se debateu tanto o meio ambiente como agora. Um dos alertas vem dos desastres naturais, que têm abalado a vida em todo o planeta. Diante das calamidades que ocorreram no início do ano, envolvendo deslizamentos de terra e alagamentos de proporções catastróficas, não nos resta alternativa a não ser repensar a forma como estamos conduzindo o nosso futuro. Até porque, se não fizermos nada, o mundo será alterado de tal forma que a vida, como a conhecemos, deixará de existir. Há um versículo na Bíblia Sagrada que me chamou a atenção: Isaías, capítulo 51, versículo 6 diz: "Levantai os vossos olhos para os céus e olhai para a terra embaixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra se envelhecerá como roupa, e os seus moradores morrerão semelhantemente." O profeta Isaías foi inspirado a escrever esse versículo há cerca de 2.750 anos e já previa a devastação do meio ambiente pelo homem. O ser humano depende diretamente do meio onde vive e, quando este é aniquilado, o homem sofre também. Isso vem sendo comprovado a cada década. Por isso é importante a implementação de políticas públicas que visem à conservação do meio ambiente. Essa deve ser uma das primeiras metas a serem alcançadas por qualquer governante. Tenho proposto projetos de lei com temas relativos à sustentabilidade e ao meio ambiente, como o de reuso de água (PL 8/2008) e o que propõe que as edificações disponibilizem recipientes específicos para o despejo do óleo usado, para que ele não seja jogado no esgoto e contamine a água dos rios (PL 629/2008). Mas só isso não basta. É uma questão de educação ambiental e de conscientização do ser humano de que a preservação do planeta depende de todos nós. (da) *André Soares é deputado estadual pelo DEM