Opinião - Uma guerra santa contra o álcool e outras drogas!


24/11/2011 15:42

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Usei a tribuna da Assembléia Legislativa de São Paulo para propor, no tempo a mim destinado, que o nosso país e, principalmente, o Estado de São Paulo, declare uma guerra sem tréguas ao consumo de álcool e outras drogas. Baseei meu arrazoado em trabalho jornalístico mostrando a gravidade dessa questão com a qual estamos até nos acostumando.

Vi, por meio de estatísticas, que a maior parte das licenças concedidas pela Previdência Social no Brasil é provocada pelo alcoolismo, numa conta que também inclui pessoas usuárias de outras drogas. A média das pessoas que se licenciam, todos os dias, por uso de vários tipos de drogas é de 58; em nove meses, 15.611 profissionais pediram afastamento por essa causa!

A Previdência Social, além de encaminhar essas pessoas para a área da saúde, na tentativa de recuperá-las, ainda tem uma despesa enorme para pagar todo o tempo do afastamento desses trabalhadores do serviço. Vejam os senhores: 48,7% dos afastamentos na Previdência Social para tratamento de saúde são pelo uso de álcool e outras drogas; 33,5% motivados pelo álcool e 16,2% pela cocaína.

Observem este dado: 32 mil pessoas morrem todos os anos por uso abusivo do álcool. Não é possível continuarmos assistindo, passivamente , esse drama vivido pela nação brasileira. Todos os dias, 58 pessoas licenciam-se do trabalho para cuidar da saúde pelo uso de álcool e drogas. O número estimado de pessoas que abusam do álcool no nosso País é de 19 milhões.

Em minha opinião, é preciso declarar uma guerra firme por parte dos nossos governantes unindo, numa grande frente, os governos federal, estaduais e municipais para estudar um plano de ação atingindo desde os traficantes que trazem drogas para nosso país, até a luta para orientar a nossa juventude a não seguir esse caminho. Como é triste ver os noticiários, todos os finais de semana, sobre as baladas nas quais milhares de jovens se embriagam e, ao final da festa, causam brigas e outros problemas.

Quem devemos chamar para lutar nessa guerra? Temos, acredito, de chamar os professores para, nas escolas, prepararem os seus alunos, explicando a gravidade dessa questão e mostrando os dois caminhos reservados para quem vai para o lado das drogas: a morte ou a cadeia.

É fundamental, por outro lado, os pais conversarem com seus filhos, orientando e dando uma boa instrução, juntamente com as igrejas, seja qual for o credo; seria importante também os padres e pastores começarem a pregar a respeito dessa guerra para motivar os que acreditam em Deus e tenham fé a se unirem numa corrente única.

Assim acontecendo " numa guerra verdadeiramente santa " teríamos a família, os pais, os professores, os sacerdotes, os pastores e os governantes em uma grande união; com este exército e uma boa estratégia colocaríamos um ponto final neste triste drama hoje vivido pela nação brasileira.



* Welson Gasparini é deputado estadual pelo PSDB, advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto

alesp