Da assessoria da deputada Maria Lúcia PrandiA deputada Maria Lúcia Prandi (PT) está cobrando do governo do Estado o cumprimento da Lei 11.246/02. Sancionada há dois anos, a legislação determina a realização da Semana Estadual de Prevenção e Combate à Osteoporose. Em requerimento de informações protocolado no início de dezembro, na Assembléia Legislativa, a parlamentar indaga quais ações estão sendo planejadas em obediência à lei, que obriga a efetivação da Semana, anualmente, no período de 1º a 7 de março."Nos últimos dois anos, a Secretaria de Saúde do Estado passou por cima da norma legal. Estou cobrando com antecedência, para que não possam usar a falta de tempo como justificativa para não realizarem novamente a semana", enfatiza a deputada Prandi, autora do projeto de lei que deu origem à lei. Conforme ressalta a parlamentar, até mesmo o governador Geraldo Alckmin reconheceu a importância da iniciativa."Não houve veto a qualquer ponto da proposta. Porém, na prática, nada foi feito. Quem perde com isso é a população feminina de nosso Estado. Não podemos permitir que essa omissão continue", afirma Maria Lúcia. No Requerimento, Prandi questiona por que a Semana de Prevenção não foi realizada em 2003 e 2004, quais ações estão sendo programadas para o próximo ano e se elas acontecerão em todas as regiões do Estado.Além disso, a parlamentar também pergunta se a Secretaria Estadual de Saúde está programando uma campanha na mídia, visando divulgar os eventos marcados para aquele período, bem como o que é, como se previne e as formas de tratamento da osteoporose. Ressalta a deputada que o Poder Público tem o dever de atuar no combate e na prevenção da patologia, que pode gerar conseqüências graves à saúde das mulheres.Em todo Brasil, estima-se que cerca de 5 milhões de mulheres têm a doença. "Essas pessoas ficam mais susceptíveis a fraturas de difícil recuperação, comprometendo sua qualidade de vida. Sem dúvida, investir na prevenção e no tratamento de quem já tem a doença tem custos mais baixos e benefícios mais elevados", aponta Prandi.A doençaA osteoporose é uma patologia grave, que acomete especialmente as mulheres acima dos 40 anos de idade, na fase da menopausa. A doença caracteriza-se pela diminuição da massa óssea e o conseqüente enfraquecimento do esqueleto. Dessa forma, crescem os riscos de sérias fraturas, provocadas por pequenos traumas.A doença decorre, basicamente, da hereditariedade, da diminuição da produção do hormônio feminino estrógeno nas mulheres em fase pós-menopausa e da redução da capacidade de retenção de cálcio pelo organismo, o que causa a porosidade dos ossos. O diagnóstico inicial pode ser feito por meio de exames clínicos, radiológicos e laboratoriais.Em fase mais adiantada, a detecção da doença pode ser feita pela desintometria óssea, pelo qual se avalia a desmineralização do esqueleto e quais são as regiões mais afetadas, ficando sujeitas às fraturas. Normalmente, as áreas do corpo mais prejudicadas são a coluna vertebral, a bacia e o fêmur. A doença provoca intensas dores e uma deformidade óssea, que provoca curvamento e redução da estatura.A partir de avaliações ortopédicas permanentes, as opções de tratamento são a reposição hormonal pós-menopausa e a ingestão de vitamina D, calcitonina e alendronato sódico. Por outro lado, é possível prevenir a osteoporose com a modificação de hábitos alimentares e a prática regular de atividades físicas. "A prevenção e o combate a esta doença devem ser preocupações permanentes. Entretanto, a centralização de esforços num período específico pode ser o indutor de avanços significativos na redução da incidência da osteoporose entre as mulheres paulistas", conclui a deputada Prandi.mlprandi@al.sp.gov.br