Governo prepara megaprivatização, diz deputado


01/10/2007 12:55

Compartilhar:


O deputado Mário Reali (PT) condenou, no dia 27/10, a tentativa do governo Serra de iniciar as privatizações das estatais que ainda restam em São Paulo, entre elas, o Metrô, a Sabesp e a Nossa Caixa. "Todos os principais jornais deram a informação de que as empresas públicas já estão separadas por lote e terão suas ações ofertadas ao mercado, uma forma disfarçada de privatização, em que o poder público fica apenas com uma parte do controle acionário. No futuro, até mesmo esta condição poderá ser perdida conforme as oscilações da economia", afirmou o deputado.

Em seu pronunciamento, feito no plenário da Assembléia Legislativa, Reali, que é membro da Comissão de Finanças e Orçamento, lembrou que desde 1995, início dos anos tucanos, já foram vendidas estatais estratégicas como a Eletropaulo e a CTEEP, "cujos valores não foram revertidos para o benefício do povo paulista. Não sabemos até hoje o destino deste montante que beira a R$ 34 bilhões, sem correção. O argumento era o de diminuir o endividamento público e aumentar os investimentos, mas esta justificativa se transformou em uma mentira, já que o Estado está devendo cada vez mais e investindo menos", disse Reali.

Para ele, o governo Serra pretende acumular caixa para iniciar grandes obras que dêem visibilidade ao seu mandato. Neste sentido, citou ainda como exemplo o excesso de arrecadação até agosto que chegou a mais de R$ 6 bilhões. "Porém, o nível de investimento e o salário do funcionalismo continuam contingenciados e achatados. Serra está pensando nas eleições de 2008 e 2010 e não está medindo conseqüências."

Mário Reali disse que o governo estadual deveria seguir o exemplo do presidente Lula que, com o PAC, devolveu ao Estado o papel de formulador e gerenciador do desenvolvimento nacional. "Os sucessivos governos tucanos não conseguiram instituir nenhuma política neste sentido. Ao contrário, entregaram, e continuam entregando, para o mercado a solução dos problemas da população. Isso é um grave erro", ressaltou o parlamentar.

As empresas que poderão ser privatizadas são as seguintes: METRÔ, CDHU, CPTM, DERSA, EMAE e COSESP, CPP, CETESB, PRODESP, IMESP, EMTU, CPOS, IPT, CODASP e EMPLASA.

mreali@al.sp.gov.br

alesp