DA REDAÇÃOEm sessão extraordinária realizada nesta terça-feira, 25/2, a Assembléia Legislativa aprovou o Projeto de Lei 565/2000, que pune com multa e suspensão de funcionamento o estabelecimento que adotar qualquer forma de discriminação racial, a mulheres, portadores de necessidades especiais e idosos.O projeto foi apresentado pelo deputado Carlinhos Almeida (PT), para tornar mais precisas as condutas discriminatórias e "dar ao poder público os instrumentos necessários para atuar eficazmente no seu combate".O estabelecimento que dificultar o acesso e o atendimento por discriminação fica sujeito a multa de 500 Ufesps (cerca de 5,7 mil reais) e, em caso de reincidência, à suspensão de funcionamento por no mínimo 30 dias.Foram aprovados também pelos deputados propostas para a área educacional. O Projeto de Lei 477/1999, do deputado Wagner Lino (PT), obriga a Secretaria da Educação a criar comissões multidisciplinares - com fonoaudiólogos, neurologistas, psicólogos, pedagogos e assistentes sociais - para auxiliar na formação de professores da rede estadual que trabalharão na integração de alunos portadores de deficiência ao ensino regular.O Programa Adote uma Escola, para auxiliar na manutenção dos prédios e na compra de equipamento para as escolas estaduais, foi criado pelo Projeto de Lei 443/1999, apresentado pela deputada Maria do Carmo Piunti (PSDB). Para sua efetivação, ele prevê que o governo do Estado realize convênios com entidades da sociedade civil. Foi aprovado também o Projeto de Lei 565/1999, pelo qual o deputado Carlos Zarattini (PT) define a forma como será exercida a Gestão Democrática da Escola Pública Estadual, instrumento previsto na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O Conselho Escolar torna-se o órgão deliberativo dessa gestão, que visa garantir a participação da comunidade na escola. Também recebeu voto favorável dos deputados o Projeto de Lei 56/2000, de autoria do deputado Carlos Braga (PPB), que cria a Campanha para o Trote Solidário. Seu objetivo é contribuir para transformar o ritual de ingresso dos calouros nas faculdades e universidades em ato de cidadania, com a arrecadação de alimentos e a prestação de serviços para a comunidade.Outros projetosForam aprovados ainda na sessão extraordinária de terça-feira o Projeto de Lei Complementar 24/2002, do deputado Vitor Sapienza (PPS), que trata da revalidação da inscrição de contribuintes do Ipesp; o Projeto de Lei 403/2001, do deputado Donisete Braga (PT), que regulamenta a rotulagem das lâmpadas fluorescentes vendidas em todo o Estado; o Projeto de Lei 241/2002, do deputado Vaz de Lima (PSDB), que transforma em estância turística o município de Santa Fé do Sul; o Projeto de Lei 382/2002, da deputada Terezinha da Paulina (PFL), que autoriza a transformação da Santa Casa de Itapeva em Hospital Regional do Sudoeste e Vale do Ribeira; e o Projeto de Lei 475/2002, pelo qual o deputado Carlão Camargo (PFL) propôs a instituição do Dia do Buda Shakyamuni, a ser comemorado, anualmente, no segundo domingo de maio.A idéia da criação de cursos para a reabilitação de jovens drogados surgiu na edição de 1999 do Parlamento Jovem, apresentada por um deputado-jovem de Osasco. Ela foi encampada pelo deputado Willians Rafael (PL) e transformou-se no Projeto de Lei 1.061/1999, também aprovado na terça-feira. A realização desses cursos contará com a participação da iniciativa privada; as aulas serão ministradas por professores da rede estadual de ensino. Foram aprovados ainda dois projetos da deputada Maria Lúcia Prandi (PT): o de número 397/2001, que proíbe o motorista de ônibus de acumular também as funções de cobrador, e o de número 7/2002, que institui o Dia do Supervisor de Ensino em 14 de novembro.Normas para garantir a saúde dos usuários de estabelecimentos que realizam bronzeamento artificial (Projeto de Lei 115/2000, do deputado Nelson Salomé, do PL) e a obrigatoriedade da instalação, em estádios e campos de futebol, de cartazes contra a violência no esporte (Projeto de Lei 45/2000, do pefelista Cícero de Freitas) também foram aprovadas pelos parlamentares paulistas.