Servidores da Saúde podem entrar em greve e querem que Assembléia ajude a abrir negociações com secretaria


07/06/2001 11:40

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Servidores estaduais da Saúde estão reunidos em assembléia, em frente ao Palácio 9 de Julho, e devem aprovar proposta de entrada em estado de greve hoje e decretação de greve a partir de segunda-feira, caso não seja aberto canal de negociações com a Secretaria da Saúde, para discussão da pauta de reivindicações dos funcionários. Antes, eles se reuniram com o presidente do Legislativo paulista, Walter Feldman, e com outros parlamentares, com o objetivo de incluir o Parlamento como uma via de diálogo nesse processo.

Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Saúde no Estado de São Paulo (Sindsaúde), Sônia Takeda, as reivindicações da categoria incluem plano único de carreira, jornada única semanal de 30 horas, pisos de três, cinco e oito salários mínimos, respectivamente, para os níveis básico, médio e universitário, além da extensão de benefícios aos aposentados. "As propostas estão definidas desde 22 de março, quando foram entregues ao secretário adjunto da Saúde, e até agora não tivemos uma reunião com o secretário", disse Sônia.

A expectativa dos servidores é que o Legislativo auxilie a abrir um canal de negociações e que um sinal positivo surja ainda antes do final da assembléia de hoje. O presidente Walter Feldman lembrou a necessidade de fortalecer o trabalho das comissões, "em seu papel político de negociação, intermediação e espaço de debates", e destacou os deputados Roberto Gouveia (PT), Pedro Tobias (PSDB) e Luiz Carlos Gondim (PV) para manter contato mais estreito entre a Assembléia e os funcionários da Saúde, na tentativa de encaminhar uma solução negociada.

"Nossa expectativa é ter uma resposta rápida para os servidores", disse Gouveia. "Queremos evitar a greve, mas para isso o governo precisa sentar-se à mesa e fazer uma contraproposta."

alesp