Notas do Plenário


16/04/2007 17:47

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Faltas de servidores públicos

O deputado Carlos Giannazi (PSOL) comentou matérias publicadas nos jornais O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde sobre o grande número de faltas ao serviço dos funcionários públicos estaduais e municipais, em especial os funcionários da Educação. Por conta disso, o Estado estaria tendo um prejuízo de R$ 150 milhões por ano. Segundo Giannazi, essas faltas ocorrem por conta de doenças como depressão e síndrome do pânico, causadas pelas condições precárias de trabalho. "Não existe infra-estrutura material nem humana para que os profissionais da Educação possam desenvolver o processo de ensino. Hoje, para um professor sobreviver, tem de dar aula em duas, três, quatro escolas", justificou.

Falta de salário

Olímpio Gomes (PV) destacou matéria publicada na Folha de S.Paulo que mostra a situação de quase miserabilidade em que vivem os integrantes das forças policiais militares e civis do Brasil". A reportagem diz que o de São Paulo é o 12º pior salário do país, "o que é uma vergonha para o Estado que produz 33% do PIB nacional". O parlamentar enfatizou que se trata de uma desconsideração do Estado com profissionais que dão até a vida pelo que acreditam e pela sociedade. "Já se passaram mais de cem dias de governo. É preciso que o governador e o secretário Marzagão se sensibilizem e dêem uma justa recompensa aos policiais", concluiu.

Marcha para Jesus

O deputado José Bittencourt (PDT) declarou que um termo de ajustamento de conduta foi firmado entre a Prefeitura da capital, o Ministério Público e entidades que utilizam a avenida Paulista para a realização de eventos " entre elas a Marcha para Jesus ", pelo qual se acordou que não mais se utilizaria a referida avenida para tal. Entretanto, foi recentemente publicado que a Parada Gay, a Corrida de São Silvestre e as festas de final de ano continuarão a ser realizadas na avenida. "Mas deixaram de lado a Marcha para Jesus. Isso não é bom nem correto, já que é uma marcha ordeira, que não traz nenhum tipo de agressão ao patrimônio público", afirmou o parlamentar, apelando ao prefeito Gilberto Kassab para que reveja a questão.

Crime organizado

O deputado Fernando Capez (PSDB) falou sobre notícias divulgadas pelos veículos de comunicação nos últimos dias dando conta de que o traficante Fernandinho Beira-Mar exerce forte domínio no presídio de Catanduvas, no oeste do Paraná, construído pelo governo federal para ser de segurança máxima. Capez informou que o país tem 402 mil presos, devendo chegar a 500 mil no final do ano. Para o deputado, a idéia do governo de São Paulo de colocar pulseiras eletrônicas nos presos de alta periculosidade deve ser apreciada com rapidez pelo governo federal.

Mal informado?

José Augusto (PSDB) mostrou-se inconformado com release da assessoria do deputado Mário Reali (PT) publicado no Diário da Assembléia no dia 12/4, na página 6, com o título "Caminhada pedirá mais vagas no Hospital Serraria", em Diadema. Augusto declarou que na época em que foi prefeito de Diadema não faltavam médicos no município. "Na minha gestão, consegui montar um sistema de saúde considerado o melhor do Brasil." Para o deputado, ou Reali está mal informado ou agiu de má-fé. "O município precisa que o prefeito invista na saúde. Ele fechou 50% das vagas", retrucou.

Ouvidos de mercador

"Há 20 anos uso a tribuna para fazer denúncias, mas fazem ouvidos de mercador", disse Conte Lopes (PTB). O parlamentar criticou os baixos salários dos policiais civis e militares e declarou que os agentes federais envolvidos em irregularidades no Presídio de Catanduvas recebem cerca de R$ 6 mil por mês, salário "semelhante aos altos cargos das polícias civil e militar". Lopes disse ainda que os problemas da segurança não são resolvidos com jogadinhas, referindo-se ao esquema de segurança montado no Rio de Janeiro. "Faltam leis e pulso para dominar os presídios."

Passeata

Carlos Giannazi (PSOL) convidou a todos para participar nesta terça-feira, 17/4, da passeata organizada pelo Fórum Nacional do Trabalhador, às 14h, em frente ao Masp, devendo seguir até a Assembléia Legislativa. O evento contará com a participação de diversas entidades, entre elas o Fórum das Seis, que reivindica aumento das verbas para a educação. Giannazi disse ainda que o governo federal pretende, com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), congelar os salários dos servidores por dez anos e coibir o direito de greve.

alesp