DA REDAÇÃO Várias crianças participaram da reunião desta segunda-feira, 31/5, da Frente Parlamentar pela Ética na TV, presidida pelo deputado Sebastião Arcanjo (PT). Elas foram entrevistadas sobre a programação preferida e assistiram a um vídeo que trata do tema, exibido pela psicanalista Ana Olmos.O deputado federal Orlando Fantazzini (PT/SP) explicou a finalidade e as atividades da frente e lembrou que canal televisivo é concessão e não propriedade e, portanto, a sociedade tem o direito de opinar sobre a programação. "A Constituição determina que a TV deve produzir informações e ser educativa, valorizando a cultura regional."Segundo Fantazzini, há algum tempo a sociedade tem se mobilizado pela ética na TV e durante a última Conferência Nacional dos Direitos Humanos, foi criada a campanha "Quem financia a baixaria é contra cidadania", focando as empresas patrocinadoras de programações. O deputado ressaltou que 60% dos patrocinadores são do setor público.A cada três meses, o movimento divulga um ranking dos programas 'campeões de baixaria'. A última lista apontou nos três primeiros lugares as novelas Celebridade e Kubanakan, da TV Globo, e o programa Ratinho, do SBT. Os organizadores da campanha fazem um contato com as emissoras para que a programação seja revista. Se não obtiverem resultado, eles procuram os patrocinadores para solicitar intervenção no sentido de alterar essas programações e, como última medida, implementam campanha contra o consumo de produtos que financiam a baixaria. "Vários fatores são levados em consideração para inclusão de um programa no ranking, como banalização da violência, apologia ao crime, exploração da miséria, apontamento da mulher como um objeto e postura racista, entre outros", afirmou Fantazzini.É o próprio público quem aponta os programas que considera inadequados. Essa participação se dá por meio do site www.eticanatv.org.br e de formulários gratuitos (carta cidadã), distribuídos nas agências do correio.