Da assessoria do deputado Fausto Figueira

Insatisfeito com a resposta da Secretaria dos Transportes do Estado a um requerimento de informação, o deputado Fausto Figueira (PT) encaminhou novo documento ao órgão solicitando dados que justifiquem o preço da passagem na ponte rodoviária Santos-São Paulo, um dos mais caros do Estado de São Paulo por quilômetro rodado. Em novembro de 2004, Fausto pediu que a secretaria explicasse por que a tarifa de ônibus intermunicipal, fixada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado (Artesp), em São Paulo, era maior do que a interestadual, estipulada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), no âmbito federal.

Na resposta encaminhada pelo diretor-geral da Artesp, Ulysses Carraro, em 21/1, a agência aponta que o custo por quilômetro para cada passageiro em São Paulo é 12,34% maior do que o federal, porque os ônibus estaduais percorrem menor quilometragem com menos passageiros por viagem. Em um ônibus com 48 lugares, a média estadual é de 23 passageiros contra 32 nas linhas interestaduais. No documento, no entanto, o diretor admite que o número médio nas linhas Santos-São Paulo é de 25 passageiros por viagem, superior ao do Estado.

Por conta desta diferença, no novo requerimento, o parlamentar solicita maiores detalhes com levantamentos anuais, no período de 1994 a 2004, nos seguintes aspectos: custo total de insumos, do número de veículos em operação, do percurso total trafegado e da quantidade de passageiros transportados nas linhas de transporte convencional no trecho de Santos a São Paulo.

"Observei uma supervalorização das tarifas para cidades localizadas na metrópole expandida (conjunto das regiões metropolitanas em torno da cidade de São Paulo), ou seja, justamente os locais onde o fluxo diário de trabalhadores é maior. Esse problema chega ao cúmulo de uma passagem de ônibus convencional entre São Paulo e Santos custar praticamente o mesmo, proporcionalmente, que uma passagem num ônibus leito para Belo Horizonte", declarou Figueira.

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