Desde que assumi meu mandato como deputado estadual, representando o legislativo paulista, há praticamente 7 anos atrás, assumi o compromisso público de defender os interesses do povo do meu Estado.

Desde então, tenho me colocado à disposição dos meios de comunicação, seja da imprensa escrita ou falada, em todas as oportunidades em que fui procurado para prestar qualquer tipo de informação, seja sobre minha vida pública ou até mesmo particular.

Estou sempre pronto a atender todos aqueles que me procuram, sempre disposto a contribuir com o trabalho desenvolvido pelo profissional da comunicação, porque acredito que a imprensa é a grande responsável pela formação da opinião pública.

Tenho acompanhado recentemente as notícias veiculadas a respeito da quebra da imunidade parlamentar, tanto no âmbito federal como no estadual. No mês passado um jornal de grande circulação da capital destacou meu nome como sendo um dos deputados acusados de crime comum, cujo processo estaria paralisado na justiça por causa da imunidade. Diz ainda a notícia que o delito por mim praticado não havia sido divulgado, o que induz ao leitor comum a qualquer interpretação.

Ocorre que realmente tenho uma pendência judicial, em razão de uma dívida junto ao INSS que já foi devidamente quitada e que se originou de uma situação específica, quando as empresas enfrentaram sérias dificuldades pelo confisco das contas correntes e aplicações financeiras pelo Plano Collor. Por esta razão, antes mesmo do assunto se tornar manchete de jornais em todo o país, tomei providências a fim de exigir junto ao poder que represento a quebra de minha imunidade parlamentar. Solicitei ao presidente da Assembléia Legislativa autorização para que a ação da justiça contra mim impetrada pudesse ter sua continuidade porque nada tenho a temer, - muito pelo contrário, só tenho a ganhar com a quebra da imunidade que me ampara desde que fui eleito e diplomado como deputado estadual.

No último dia 11 de dezembro, para minha satisfação, a Assembléia Legislativa aprovou a suspensão de minha imunidade parlamentar. No entanto, apenas um dos maiores jornais de grande circulação questionou-me sobre o assunto. Os demais, preocupados com as grandes manchetes e títulos de efeito, simplesmente noticiaram que a imunidade de três parlamentares havia sido derrubada e que estes seriam processados, omitindo que eu e os deputados Rodrigo Garcia e Dimas Ramalho, pleiteamos a inclusão, na pauta de votação, dos projetos de lei que concediam licença para o prosseguimento dos processos judiciais dos quais somos réus.

A César o que é de César: justiça seja feita. Os jornalistas, neste caso os responsáveis pela publicação das matérias a respeito da imunidade parlamentar, deveriam ter pleno conhecimento do assunto que pretendiam noticiar, sem se esquecer que um título bonito ou uma frase de efeito pode ser responsável pela falta de credibilidade de um grande jornal.

Aldo Demarchi é empresário e administrador. Foi vereador e prefeito em Rio Claro e Deputado Estadual reeleito pelo PPB.