Acervo Artístico

Entre expressionismo e abstracionismo, o equilíbrio de Lais Giusti
11/02/2003 17:29

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Emanuel von Lauenstein Massarani

Partindo do figurativo, no verdadeiro sentido realístico, e passando através de experiências e contatos os mais diversos, a pintura de Lais Giusti encontra um excelente equilíbrio entre expressionismo e abstracionismo, para poder transfigurar o objeto, colhendo a mais íntima essência e o lírico palpitar, sem perder contato com o real e sem renunciar à própria natural plenitude.

A obra dessa artista traz dentro de si o sinal da generosidade, que não exita frente ao acostamento, nem ao contraste mais audaz. Vigor e força de temperamento são evidentes.

A substância cromática de sua obra aparece e cresce até o frasear do naturalismo abstrato. Saindo do informal, sem cair no pós-figurativo, Lais Giusti desenvolveu suas qualidades de colorista instaurando em cada quadro um diversificado registro de tintas. Cada modalidade responde perfeitamente à definição prospéctica que está destinada a acolhê-la.

Assim o espaço, mesmo totalmente abstrato e inventado, possui uma própria credibilidade naturalística, como de uma mata, de um planalto, ode objetos de uma casa ou, ainda, de uma natureza morta habilmente composta. E o resultado é tão somente pintura.

Em sua obra A Cadeira, doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, se faz viva a exigência de individualizar uma estrutura formal, desenhada, que se manifesta mais evidente entre o contraste das cores.



A Artista

Lais Giusti nasceu em São Paulo em 1954. Cursou a Faculdade de Comunicação Visual da Universidade Mackenzie em 1974. Iniciou na pintura no atelier de Marília Fairbanks em 1967. Cursou a Escola Paulista de Arte e Decoração Espade, sob orientação do professor e artista plástico Angel San Martin; gravura em metal no Museu de Arte Moderna, sob orientação de Alex Cerveny (1988); desenho, com o professor Dalton de Luca (1989). Freqüentou os ateliers do artista plástico Thomas Ianelli (1991 a 1996) e do artista plástico Sérgio Fingermann. Cursou gravura e xilogravura com Maria Perez Sola (1995); História da Arte com o professor Paulo Machado (1995); Arte Tridimensional com o artista plástico Carlos Fajardo, no SESC Pompéia (1997 e 1998), entre outros cursos.

Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas no Brasil e, também, no exterior, ressaltando-se: VIII Salão de Artes Plásticas Pablo Picasso; XIII Salão Nacional de Artes Plásticas Alberto Santos Dumont; IV Salão Armando Vianna - Associação dos Artistas Plásticos Profissionais do Rio de Janeiro (1988); Salão de Artes Machu Picchu - Instituto Nacional de Cultura - Cuzco, Peru (1989); Espaço Cultural Agaxtur (1990); Associação Paulista dos Magistrados (1991); Associação Profissional dos Artistas Plásticos - Museu da Cultura - Saguão Superior do TUCA, São Paulo; Chape Art Show - (1993); Centro Cultural de Artes Professor José Ismael, Guarulhos, SP; Fundação Mokiti Okada (1994 e 1996); Espaço de Arte Yara Silveira; Espaço Cultura do Banco Central do Brasil, SP (1994); V Salão de Artes Plásticas de São Bernardo do Campo; Espaço Cultural do Clube Atlético Monte Líbano; Galeria Lígia Jafet; Espaço Cultural Cásper Líbero (1995); XXV Salão de Artes Plásticas Bunkio (1996, 1997 e 1998); Academia Brasileira de Arte, Cultura e Historia - Ilha Porchat - São Vicente, SP; Espaço Cultural Agrocentro; XXIV Salão de Arte Contemporânea de Santo André; Sala Mário Pedrosa - Secretaria Municipal de Cultura (1996); Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba; Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios; Arte Visuais - VI Bienal de Santos (1997); Centro de Cultura Patrícia Galvão - Santos; VII Salão de Arte Contemporânea de São Bernardo do Campo (1998); IV Salão Interclubes de Artes Plásticas - Secretaria de Estado da Cultura; Jô Slaviero Galeria de Arte (1999); Memorial da América Latina - Auditório Simón Bolivar - São Paulo; Espaço Azul Galeria; Espaço Araguari - Furnas Centrais Elétricas S/A, São Paulo (2000); 20 Anos de Pinacoteca - Pinacoteca de São Bernardo do Campo (2001).

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