Balsas Santos-Guarujá devem permenecer após túnel


09/04/2008 17:20

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A travessia de balsas deve ser mantida mesmo após a construção do túnel submarino entre Santos e Guarujá. A manutenção do sistema foi defendida no estudo técnico realizado pelo Instituto Metropolitano de Pesquisas Acadêmicas e Consultoria Técnico-Operacional (Impacto). O documento " elaborado com apoio de universidades da região " será discutido em audiência pública nesta quinta-feira, 10/4, às 19h, no campus da Universidade Católica de Santos (UniSantos), na Rua Carvalho de Mendonça, 144, na Vila Mathias.

Para o presidente do instituto e coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Construção do Túnel Santos-Guarujá, deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), a futura interligação submarina não significa a exclusão do sistema. "É claro que o túnel reduzirá o movimento das balsas, mas elas devem ser mantidas como opção aos usuários. Existe ainda a possibilidade de uso das embarcações como equipamento turístico", justifica o deputado.

O diretor acadêmico da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) e coordenador do estudo do Impacto, professor Hélio Hallite, também apóia o funcionamento das balsas mesmo sendo o túnel o meio mais rápido de se deslocar entre os dois municípios. Com a futura interligação submarina, o percurso será feito em um minuto. Já no sistema de balsas, o tempo médio é de 20 minutos. Na alta temporada, a espera na fila dos atracadouros pode passar de uma hora.

"Quando o túnel estiver em funcionamento, inevita­velmente haverá um número menor de balsas em operação, como ocorre na interligação entre Bertioga e Guarujá. Porém, há quem vai preferir o atual sistema por várias razões, até por claustrofobia (medo de estar ou passar por lugares fechados ou de tamanhos reduzidos)", explica Hallite. Pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT) revelou que 60,2% querem as balsas operando concomitantemente com o túnel.



pabarbosa@al.sp.gov.br

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