Ana do Carmo (PT) iniciou sua militância na luta sindical, durante as greves de trabalhadores da região do ABC de 1979 e 1980, quando era operária. É filiada ao PT desde sua fundação. Atua no movimento popular, movimentos de mulheres e nas lutas dos moradores por melhorias nos bairros, desde os anos 70. Foi eleita vereadora em São Bernardo do Campo em 1988, e, ao intensificar seu trabalho junto ao povo pobre da cidade, reelegeu-se vereadora em 1992, 1996 e 2000.

Ao longo da história, novas organizações e lutas foram tornando Ana do Carmo uma grande força política da região do Grande ABC, fato confirmado pela sua eleição em 2002 como a deputada estadual mais votada de São Bernardo do Campo, sendo reeleita em 2006 e 2010.

Segundo a deputada, a estratégia de seu mandato é atender os problemas das áreas mais pobres do Estado, ouvindo a população sobre todos os tipos de problemas, desde uma calçada que faça tropeçar e machuca as pessoas até um hospital que precisa ser construído para elevar o nível da saúde pública. "É para a área da saúde que destinamos a maioria das verbas, pois é nesta área que as regiões, principalmente as mais carentes do interior de São Paulo, apresentam deficiências enormes", explica.

Outra questão de absoluta prioridade para a deputada são as áreas de risco. Por esta razão, elaborou o projeto que obriga o mapeamento nessas áreas perigosas, objetivando atribuir ao Estado responsabilidades legais pelas perdas materiais e humanas ocorridas por negligência e falta de planejamento em resolver os problemas decorrentes de enchentes e deslizamentos. No entanto, mesmo sendo aprovado, tal projeto foi vetado pelo ex-governador de São Paulo.

E como em todos os anos se verificam os mesmos problemas, com enchentes e deslizamentos que parecem não ter solução, desde o princípio de 2011 a deputada vai centralizar esforços para mudar o veto do ex-governador José Serra e possibilitar mais tranquilidade às pessoas que permanecem em áreas de risco. "Com a mesma preocupação, apresentamos o projeto antienchentes no Estado de São Paulo, o qual também garantirá condições seguras às populações que vivem ao redor de represas e açudes", explica.