Relatoria da CPI Prisional da Assembléia Legislativa será subdividida


08/06/2001 14:42

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A CPI Prisional definiu nesta quinta-feira, 7/6, que a relatoria da comissão será subdivida. Os deputados Wagner Lino (PT), Carlos Sampaio (PSDB) e Rosmary Corrêa (PMDB) se reunirão para definir quais e quantas serão as relatorias e qual será a linha de atuação da comissão, levando-se em conta a proposta apresentada por Wagner Lino.

Os nomes que ficarão com as sub-relatorias serão escolhidos na próxima terça-feira, 12/6, às 10 horas. Sampaio foi indicado como relator da comissão e Roberto Morais (PPS) ficou com a vice-presidência. Nesse mesmo dia, será ouvido o depoimento do secretário de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.

Na reunião seguinte, dia 21/6, o depoente será o presidente do Sindicato dos Funcionários no Sistema Prisional, Nilson de Oliveira. Os agentes penitenciários têm feito várias denúncias sobre corrupção, desrespeito aos direitos humanos e outras irregularidades cometidas no sistema.

Por solicitação de Wagner Lino, o terceiro a depor à CPI será o ex-corregedor do sistema penitenciário, desembargador Renato Laércio Talli, que após ter feito algumas denúncias foi afastado do cargo e posteriormente pediu demissão. "É, no mínimo, suspeito este afastamento", disse o deputado.

O delegado seccional de São Bernardo do Campo, Mario Jordão Toledo Leme, também será convocado a prestar esclarecimentos sobre sua atuação como secretário-adjunto de Administração Penitenciária e sobre a descoberta da central telefônica do PCC no Jardim Claudia, São Bernardo do Campo, e em Paranapiacaba, Santo André.

A proposta apresentada por Wagner Lino visa apurar o crime organizado fora das prisões, incluindo a investigação sobre as centrais telefônicas, supostamente pertencentes ao PCC, as fugas e os resgates de presos. O deputado quer verificar as falhas da Política Penitenciária do Estado e todas as irregularidades que afetem o sistema prisional.

Quanto às facções criminosas, Wagner Lino pretende investigar as organizações desde sua formação, levando se em conta se o Estado se omitiu à difusão, bem como em quais penitenciárias atuam.

Os crimes e irregularidades praticadas por agentes do Estado também preocupam o deputado que quer investigar a corrupção nos presídios paulistas, cometida por funcionários públicos, inclusive, ocupantes de cargos em comissão no gabinete da Secretaria de Administração Penitenciária.

No que se refere ao Judiciário, Lino considera importante investigar a morosidade, a concessão de benefícios e a falta de fiscalização e de assistência jurídica dentre outros problemas.

Os distritos policiais e cadeias públicas também serão investigados, devido as suas condições, principalmente quanto aos prejuízos causados na segurança pública em razão do desvio de policiais de suas funções corrupção, facilitação de fugas, tráfico de drogas, demais crimes e irregularidades verificadas em distritos policiais e cadeias públicas.

(Mais informações, ligue para o gabinete do deputado Wagner Lino - 3886-6842/6853)

alesp