Notas de Plenário


25/08/2005 19:29

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Pedro Tobias (PSDB) disse há muita preocupação com os acessórios e se esquece o essencial. O deputado rebateu os comentários do líder do PT, Renato Simões, sobre o trabalho da filha do governador Geraldo Alckmin no magazine Daslu: "A menina trabalha, ganha comissão. Que falem da esposa do João Paulo Cunha, que pegou o mensalão porque quis". O parlamentar reclamou também do gasto com alunos universitários da rede pública. "Alunos do ensino fundamental gastam R$1.200 por ano. Cada universitário custa R$37 mil por ano. É o mais caro do mundo! Na França, gasta-se R$ 8 mil por aluno. Expliquem para nós, por que é tão caro? E ainda querem mais verba?"

Semana do Excepcional

Marquinho Tortorello (PPS) reclamou que o repórter Joaquim Alécio, do Jornal ABC, criticou seu discurso em uma nota, dizendo que havia muitos erros de português. "Em vez de se apegar a picuinhas, por que não compra a briga de alunos que querem estudo para ter sucesso profissional?" Disse o deputado, referindo-se à briga dos alunos do Instituto Municipal de Ensino Superior de São Caetano do Sul, contra a alta mensalidade. O parlamentar também falou sobre a Semana do Excepcional, que ocorre do dia 21 a 28 de agosto. "Antes excluídos da sociedade e escondidos pela família, hoje, eles recebem tratamento especial, estão mais inclusos na sociedade e se sobressaem nos esportes."

Ajuda de custo

Segundo Milton Flávio (PSDB), muitos alunos da Unesp largam os cursos por moraram longe e não terem verba para pagar sua moradia. Por isso, ele quer inserir a universidade no programa Escola da Família e iniciar um trabalho com a reitoria da Unesp para ajudar os alunos a se manterem com dignidade. O parlamentar também falou sobre o salário dos pesquisadores científicos. Existem no país aproximadamente 1500 pesquisadores, sendo que 240 foram à justiça para corrigir seus salários. Enquanto isso, cerca de 1300 profissionais recebem 60 ou 70% menos. "Precisamos retomar a campanha pelo reajuste salarial desses profissionais."

Governador não permite

O deputado Renato Simões (PT), respondendo ao deputado Pedro Tobias, afirmou que na Assembléia Legislativa não é instalada nenhuma CPI porque o governador Geraldo Alckmin não permite e, ainda, questionou afirmativas de Pedro Tobias sobre mensalão e parentes de deputados do PT , indagando por que o Ministério Público de São Paulo não se aplicou, com o mesmo ímpeto, em investigar o PSDB, financiamentos de campanha em São Paulo e as reais atividades da filha do governador na empresa DASLU.

O secretário não tem razão

O deputado Vanderlei Siraque (PT) contestou os dados fornecidos pelo secretário da Educação, divulgados na imprensa e nas escolas. Considerou o deputado que são dados que não indicam a realidade e descreveu a região do grande ABC que, segundo ele, tem escolas públicas com salas superlotadas, falta de funcionários e professores obrigados a agir como policiais, psicólogos, assistentes sociais ou, até mesmo, como recepcionistas. Citou notícia da escola pública em Itaquaquecetuba que, pela violência ocorrida, fechou suas portas no dia, e concluiu que, "infelizmente", o secretário não tem razão.

Deputado sem cadeira

Informando o falecimento do jornalista José Correia Neves, dono do jornal Correio de Franca, o deputado Gilson de Souza (PFL), enalteceu seu trabalho nos jornais O Dia, TV Record e, principalmente, Última Hora, onde ficou conhecido como jornalista político nacional. O jornalista, como secretário de imprensa no governo Ademar de Barros, fez muito por Franca e região, ressaltou Gilson de Souza, e ficou conhecido como "deputado sem cadeira".

II Copa Gospel 2005

Anunciando a II Copa Gospel 2005, que ocorrerá em setembro próximo, e considerando-a como o maior evento esportivo do povo evangélico, o deputado José Bittencourt (PTB) encaminhou o programa do campeonato ao presidente para que fosse publicado no jornal da Assembléia Legislativa.

Exército: jovens sem perspectiva

Criticando o alistamento militar por sua falta de critério na seleção, o deputado Luiz Carlos Gondim (PL), propôs uma triagem auxiliada por assistentes sociais e psicólogos que verificariam melhor as reais necessidades e perspectivas dos jovens. Comentou o deputado que muitos jovens de origem pobre, nesta época, ficam sem perspectivas para o trabalho e que alguns deles são arrimo de família, e suas pretensões são fazer um curso técnico, desenvolver atividades artísticas, esportes ou mesmo ter trabalho remunerado. Luis Carlos Gondim pediu maior atenção e interesse do poder público para esses jovens sem perspectiva.

Daslu em debate

Questionando a atuação do governo do estado frente às denúncias de fraude fiscal cometida pela Daslu, Renato Simões (PT) comentou as irregularidades fiscais constatadas pelo Tribunal de Contas do Estado nas práticas das importadoras que fornecem mercadorias para a loja e lamentou a participação de funcionários do Porto de Santos no esquema de contrabando montado pela empresa Multi Import, de Celso de Melo, sócio de Eliana Tranchesi, proprietária da boutique. O parlamentar encaminhou ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras da Fazenda (Coaf), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, evidências de sonegação a serem investigadas. Segundo Simões, a Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia deve ouvir as explicações do secretário estadual da Fazenda sobre o caso.

Troca de farpas

Em resposta a Renato Simões, Milton Flávio (PSDB) afastou qualquer suspeita de benevolência por parte do governador à Daslu. Mesmo porque, segundo Flávio, o fato de a filha de Geraldo Alckmin ser funcionária da loja não está em questão. Trocando farpas com o PT, o parlamentar comentou os gastos do governo federal, em especial nos cartões corporativos, utilizados pelo presidente e por sua família para o pagamento de contas, inclusive as pessoais. Em aparte, o deputado Alberto Turco Loco Hiar (PSDB) disse que o PT não tem argumentos para questionar qualquer assunto que seja e perguntou onde estão os caras pintadas e a CUT, que ainda não saíram às suas para protestar contra o governo federal.

Censura

Ricardo Trípoli (PSDB) disse ter sido abordado por deputados do PT e recebido reclamações devido o posicionamento do discurso de outro deputado de sua bancada, Milton Flávio. "Ao tecer suas considerações, ele não falou nada além do que a mídia divulga", justificou. Segundo ele, ninguém reclamou dos editoriais dos jornais nem das revistas semanais espalhadas pelo Brasil. "Lutamos pela democracia que foi instalada no país. Agora, querem implantar uma ditadura de não manifestação? Fomos eleitos para dizer a verdade, fazer nossas observações, reflexões e fazer convergir idéias para atender demandas da população. Não cabe a mim, líder de bancada, censurar palavra de um parlamentar como Milton Flávio."

alesp