Está prevista para outubro próximo a conclusão do trecho de 38 quilômetros da BR-153 (Transbrasiliana) entre as cidades de José Bonifácio e Bady Bassit. A previsão consta do documento de autorização para o início das obras, assinado em 28/4, no trevo de acesso a José Bonifácio, pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e pelo deputado Ricardo Castilho (PV), 3º secretário da Assembléia Legislativa, representando o presidente Rodrigo Garcia.Além do ministro e do deputado, outras autoridades participaram da solenidade, além de dezenas de prefeitos, vereadores, diretores de empresas, parlamentares estaduais e federais. O ministro e comitiva percorreram parte da rodovia em ônibus, constatando as dificuldades de tráfego devido a crateras, asfalto irregular e falta de acostamento. "A situação é muito ruim, mas vamos consertar", disse o ministro. A Transbrasiliana tem importância vital para o escoamento da produção de dezenas de municípios.O trecho de 38 quilômetros " cujas obras, já iniciadas, estão a cargo da construtora Coplan, com orçamento de 8,5 milhões de reais " será o único a ser recuperado com dinheiro do governo federal. Além da restauração, numa segunda etapa será feita a terceira faixa em aclives e declives.Depois de concluído, o trecho José Bonifácio/Bady Bassit será entregue à iniciativa privada. A BR-153, segundo o ministro, será duplicada em uma extensão de 344 quilômetros. Quatro pedágios serão instalados, um deles na altura de Lins.Os usuários da denominada "rodovia da morte" tiveram que esperar cinco anos para a liberação de recursos, aprovados desde 2000. Até a emissão da medida provisória, assinada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, passaram-se ainda 20 anos de lutas, abaixo-assinados, movimentos populares e centenas de vítimas das péssimas condições de tráfego. Ricardo Castilho lembrou que mais recentemente, em 2003, trabalhou intensamente para que o trecho paulista da rodovia fosse estadualizado. O governador Geraldo Alckmin também estava convencido de que a medida diminuiria o número de problemas causados pela BR-153. O governo federal, no entanto, não acatou a pretensão e a rodovia continuou sendo palco de acidentes.rcastilho@al.sp.gov.br