Notas de Plenário


25/06/2008 19:29

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Correção



Na edição de 25/6, nesta coluna, erramos ao informar o partido do deputado Pedro Tobias na nota Isso é democracia, que versou sobre as eleições municipais na capital. Seu partido é o PSDB.





MST em risco



Rui Falcão (PT) protestou contra ação do Ministério Público do Rio Grande do Sul visando dissolver o MST. Segundo ele, o movimento representa um avanço importante contra o latifúndio e, se existe alguma atividade criminosa, cabe ao MP investigar. "Mas basta de cerceamento à liberdade de organização", disse o deputado. "É lamentável que isso ocorra justamente quando os arquivos da ditadura estão sendo abertos e a Justiça começa a alcançar os torturadores". (AB)



Paradigma feminino



Vice-presidente da Secretaria Nacional das Mulheres Tucanas, Maria Lucia Amary (PSDB) prestou homenagem à antropóloga Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, falecida nesta terça-feira, 24/6. Em seu discurso, a deputada definiu a ex-primeira-dama não apenas como a mulher mais influente do PSDB, mas também como alguém que lançou um novo paradigma de mulher engajada e de intelectual comprometida com o desenvolvimento social. "Ela nunca se deixou seduzir pelas benesses do poder, mas se pautou pela discrição e pelo envolvimento crítico nas questões mais relevantes", disse Amary. (AB)



Decreto inconseqüente



Para Olímpio Gomes (PV), o Decreto Municipal 49.487, que proíbe o transporte de cargas no centro da capital durante o horário comercial, é "intempestivo, inconseqüente e eleitoreiro". De acordo com o deputado, os caminhoneiros autônomos estão organizando uma manifestação contra a medida, marcada para a próxima semana, que promete bloquear as marginais e paralisar o trânsito em toda a cidade. Para Gomes, os caminhoneiros têm razão. "Como eles podem descarregar à noite, se existe a Lei do Silêncio?", indagou. "E como fica o transporte de perecíveis?". (AB)



Pequeno recuo



Carlos Giannazi (PSOL) manifestou sua perplexidade diante da decisão do governo de permitir o reajuste de 20% nas tarifas de pedágio, ao mesmo tempo em que concede aos professores um aumento salarial de apenas 5,4%. "É um contra-senso", avalia Giannazi. Ele também comentou as alterações feitas pela Secretaria de Educação no decreto que causou a greve dos professores. "Trata-se de um pequeno recuo, muito aquém do que precisaria ser feito", afirmou o deputado. "O movimento tem uma pauta importante, que vai desde a superlotação nas salas de aula até a questão salarial". (AB)



Pedágios, greve e torturadores



O anunciado aumento de 20% nos pedágios das rodovias paulistas foi criticado por Marcos Martins (PT), que informou que a tarifa mais alta, cobrada no Sistema Anchieta-Imigrantes, será de R$ 17,00. A passagem dos 40 anos da greve da Cobrasma, no próximo 16/7, foi lembrada pelo deputado, considerando que, "graças a movimentos como esse, que foi um marco da luta contra a ditadura militar, hoje temos democracia". Ele ainda comentou matéria da revista CartaCapital sobre a impunidade dos torturadores de presos políticos na época do regime militar. (MF)



Alterações inócuas



Não faz sentido a proposta "eleiçoeira" do prefeito da capital de realizar alterações no trânsito em julho, quando há, durante as férias escolares, uma natural diminuição no tráfego, disse Conte Lopes (PTB). Referindo-se a denúncias sobre a impunidade de torturadores, ele lembrou que os dois lados tiveram perdas, e defendeu que "cada um chore seus mortos". Lopes ainda voltou a lamentar a utilização do Exército para atividades de segurança pública, como foi feito no Rio de Janeiro, num total desvio de finalidade e, ainda por cima, com fins eleitorais. (MF)



Trem expresso para Mogi



"O transporte de massa rápido, não poluente e confortável chama-se trem", declarou Luiz Carlos Gondim (PPS), ao defender a volta da linha de trem expresso que ligava a capital a Mogi das Cruzes, que foi prometida pelo secretário dos Transportes para 2010. Mas, para isso, passagens de nível e viadutos deverão ser construídos, pois "não podemos ficar com a cidade separada" como ocorre hoje, disse. O deputado ainda apoiou a pretensão de Luiz Fernando Nassri de se candidatar à vice-prefeitura de Mogi das Cruzes. (MF)



Licença-maternidade



A ampliação da licença-maternidade para 180 dias, aprovada na Alesp na noite de 24/6, foi festejada por Edson Giriboni (PV), que lembrou que o PLC 27/2008, do Executivo, foi baseado em PL de sua autoria, vetado pelo governador. O deputado discorreu sobre os benefícios que essa medida trará para os bebês, que terão menos problemas pulmonares, anemia, diarréia e menor índice de mortalidade. Mais saúde das crianças levará também a menos afastamento do serviço das mães, disse. Giriboni ainda agradeceu a seus pares e a diversas entidades pela aprovação do PLC. (MF)



Ruth Cardoso



Adriano Diogo (PT) pediu a interrupção dos trabalhos nesta Assembléia em homenagem ao falecimento da professora e antropóloga Ruth Cardoso, para que os deputados possam prestar-lhe homenagens. O deputado inferiu que a ex-primeira-dama do Brasil estava triste com os rumos do PSDB, partido "mergulhado na crise" e em estado de "confusão interna". (MF)



Morte e saúde



Donisete Braga (PT) manifestou seu pesar e o da bancada do PT pela morte de Ruth Cardoso e disse que gostaria que os trabalhos na Casa fossem suspensos para que todos os deputados pudessem ir ao velório. Braga falou ainda sobre a saúde pública no Estado, dando como exemplo o Hospital Nardini, em Mauá, que não consegue atender todos os pacientes, principalmente as vítimas de acidentes nas estradas próximas. (ME)



Falta de reverência



Adriano Diogo (PT) mostrou-se indignado com o não-levantamento dos trabalhos em homenagem a Ruth Cardoso, por falta de concordância do PSDB. Segundo ele, os membros do PSDB não reverenciam e não cultuam as pessoas que foram importantes para seu partido. (ME)



Governo beneficia empreiteiras



"O principal problema do Brasil nos últimos 20 anos é a dívida pública", afirmou Raul Marcelo (PSOL). Ele disse que a grande imprensa não divulga isso, mas divulga o caos no trânsito da cidade de São Paulo, porque é prejudicial aos empresários. Para o deputado, se os R$ 2,3 bilhões de juros que a cidade precisa pagar fossem investidos em metrô e na ampliação dos corredores de ônibus, em alguns anos a situação melhoraria. Mas isso não ocorre, pois, segundo ele, o governo quer beneficiar as grandes empreiteiras e construir pontes e viadutos, o que não resolverá o problema de tráfego na cidade. (ME)



Sem trem e sem saúde



Luiz Carlos Gondim (PPS) afirmou que, para se ter um trem expresso em Mogi das Cruzes, é necessário o apoio dos governos estadual e federal ao município. Ele acredita que, para que haja um trem a cada seis minutos, primeiro é necessário que os governos reformem a linha do Brás (na capital) a Mogi, os túneis e viadutos. Gondim também falou sobre o mau atendimento aos pacientes do SUS em Mogi das Cruzes, que ligam para números 0800 e demoram em conseguir agendar consultas, exames e cirurgias no hospital local. (ME)

alesp