Da tribuna


06/11/2008 21:15

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Policiais em greve

Pedro Tobias (PSDB) registrou seu posicionamento contrário à venda do banco Nossa Caixa para o Banco do Brasil, justificando que a Nossa Caixa é o único banco estatal de São Paulo. Tobias relatou incidente durante visita do governador José Serra a Bauru, em que policiais civis teriam recebido o governador com os ânimos exaltados, em protesto à conduta do governo em relação às reivindicações salariais da categoria. Para o parlamentar, os policiais em greve desrespeitam a população. "Os policiais que estão em greve não fazem falta, porque não trabalham", desafiou. (GF)



Falta de quórum

Para Rui Falcão (PT), as mensagens aditivas que antecipam a vigência dos PLCs 59, 60 e 61 "são ridículas". Segundo ele, alguns funcionários da Casa, inclusive da bancada do PT, foram impedidos de participar de coletiva que anunciou as mensagens. "Não pensava que fossem montar um espetáculo para propor algo tão ridículo". Em relação ao congresso das comissões de Constituição e Justiça, de Finanças e Orçamento e de Segurança Pública, que não ocorreu por falta de quórum, Falcão avaliou que foi uma falta de respeito com as entidades que vieram acompanhar os trabalhos. "Mas, tivemos a oportunidade de dialogar com representantes da categoria, o que serviu para fundamentar os trabalhos da Casa. (GF)



"Tiro no pé"

Segundo o deputado Enio Tatto (PT), as mensagens do governo que antecipam a vigência dos PLCs 59 ,60, 61 não convenceram a categoria. "Acharam que a greve iria acabar com esta proposta?", questionou. Em relação ao congresso de comissões que não obteve quórum em face da ausência de deputados da base aliada, afirmou: "O governo deu um tiro no pé, e agora está difícil sair dessa". Tatto informou ainda que no próximo dia 17/11 está programada uma paralisação nacional dos policiais civis. (GF)



Proposta considerável

Edson Ferrarini (PTB) contou sua trajetória como policial militar e manifestou total apoio às reivindicações da Polícia Civil. Porém, segundo ele, não se pode desprezar as promoções propostas pelo governo, para diversas funções, dentre elas, a abertura de 249 vagas para tenente e 343 para capitães, além da criação de 949 postos e da extinção de alguns níveis. "Também acho que aumento de 6,5% é pouco, vamos batalhar pelos 15%, mas não podemos negar que as promoções ajudam muito, pois o aumento salarial pode chegar a mil reais", afirmou Ferrarini. (GF)



Fusão bancária

"Mais uma vez assistimos a um forte movimento de concentração do sistema financeiro", disse Davi Zaia (PPS), referindo-se à fusão entre os bancos Itaú e Unibanco, anunciada nesta segunda-feira, 3/11. Segundo o deputado, ambas as empresas têm, juntas, 70 mil funcionários, e a preocupação de Zaia é justamente com a garantia dos postos de trabalho. Em relação à compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, ele afirmou que a Assembléia Legislativa vai dialogar com as lideranças de entidades, para discutir a garantia de trabalho dos bancários que atuam nas duas empresas. (GF)



Avanço nas negociações

Sobre as mensagens aditivas que antecipam a vigência dos projetos dos policiais, o deputado Edson Giriboni (PV) avaliou que as propostas representam um avanço nas negociações. Ao comentar o problema da destinação do lixo eletrônico, Giriboni elogiou Fernandinho Rosa, da cidade de Itapetininga, que mesmo antes do tema ambiental estar em alta, já se preocupava com esse problema. Fernandinho, segundo o deputado, faz um trabalho voluntário de coleta desse material. Segundo Giriboni, ele é um exemplo a ser seguido por todos, principalmente os ambientalistas. Não há, conforme o parlamentar, como não se preocupar com a degradação do meio ambiente. (SM)



Lutando por direitos

O deputado José Zico Prado (PT) cumprimentou os policiais que continuam na luta por seus direitos. Para o parlamentar, a proposta apresentada pelo governo é "ridícula", quando antecipa o aumento de 6,5% em dois meses, enquanto a categoria pede 15%. "A Polícia Civil não vai se render", afirmou. O parlamentar disse ter orgulho de participar da bancada do PT, porque o partido está sempre defendendo todas as categorias de trabalhadores. Segundo Zico Prado, os policiais estão lutando por seus direitos, condições dignas de trabalho, porque infelizmente durante o governo do PSDB o que se viu foi o arrocho salarial dessa e de outras categorias. (SM)



Parlamento Jovem

O deputado Marcos Martins (PT) elogiou a 10ª edição do Parlamento Jovem, que teve início nesta quinta-feira, 6/11, na Assembléia Legislativa. Para Martins, o interesse que a política desperta nos jovens equipara-se com outras ciências, como economia, psicologia e sociologia. Fez referência à passagem do Dia do Inventor, comemorado no dia 5/11, associando a data ao evento do Parlamento Jovem, quando os jovens apresentam suas criações, seus projetos de lei. Para finalizar, declarou seu apoio incondicional às reivindicações da Polícia Civil, Militar e Científica, que são justas, pois precisam de melhores salários para prestar uma segurança de qualidade à população.



Corrigir distorções

Luciano Batista (PSB) declarou que esteve presente em todos os movimentos da Polícia Civil que aconteceram na Baixada Santista, prestando sua solidariedade e apoio à categoria. Também participou de reuniões na prefeitura de Santos com representantes de todas as delegacias, a exemplo de reuniões em São Vicente e Mongaguá. Sobre o projeto de reajuste dos policiais, defendeu que o aumento seja concedido retroativamente à data-base, fixada em março. Segundo Batista, a lei pode retroagir sempre que for para beneficiar, ou seja, neste caso, para corrigir distorções.



O mínimo de regras

O deputado Roberto Felício (PT) considerou que o presidente da Casa atropelou algumas regras de procedimento, quando permitiu a convocação de uma coletiva para o Executivo anunciar mensagens aditivas que antecipam a vigência de projetos de lei dos policiais, demonstrando com tal atitude uma total subserviência deste Poder ao Palácio dos Bandeirantes. "É preciso haver o mínimo de regras de convivência. Cabe ao presidente e a todos os deputados respeitar o Regimento Interno", concluiu. (SM)



Greve é a última alternativa

O deputado Hamilton Pereira (PT) afirmou que, em que pese a capacidade de indignação dos trabalhadores, ninguém vai à greve porque quer. "E olhem que minha origem é sindical e participei de numerosas greves na década de 80. A greve sempre foi a última alternativa, e é isso o que está acontecendo na categoria dos policiais civis". Com relação aos acontecimentos ocorridos nas imediações do Palácio dos Bandeirantes, em 16/10, Pereira declarou-se surpreso com a atitude do governador do Estado. Segundo ele, Serra, além de pôr em confronto as polícias Civil e Militar, ainda disse que havia infiltração de pessoas estranhas ao movimento. "Ouvimos muito estas palavras na época da ditadura militar". (BA)



Constrangimento

O deputado Enio Tatto (PT) convidou a todos os interessados a participar das audiências públicas promovidas pela Comissão de Finanças e Orçamento, que ocorrerão de 17/11 a 2/12 nas regiões administrativas do interior do Estado, com o objetivo de apresentar propostas de emenda à lei orçamentária. Com relação à entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira, 5/11, pelos secretários Beraldo e Marzagão, sobre as mensagens aditivas do governador enviadas à Casa, Tatto afirmou: "O plenário está vazio. Os deputados da base governista estão constrangidos com a proposta de antecipação de dois meses dos 6,5% iniciais de aumento à polícia. Até eles esperavam uma grande proposta". (BA)



Sobre o Parlamento Jovem

"Os 94 parlamentares jovens estiveram aqui nesta quinta-feira, 6/11. Eu, como a deputada mais jovem da Assembléia, eleita com 27 anos, parabenizo os jovens que, em vez de ficarem reclamando sentados, acreditam que podem agir, fazer valer a sua voz, e correm atrás dos seus objetivos", declarou a deputada Vanessa Damo (PV). A parlamentar destacou que vários projetos apresentados pelos parlamentares jovens deram origem a projetos de lei que posteriormente se tornaram leis. Alguns deputados jovens também se tornaram vereadores. "O Parlamento Jovem é um ato de cidadania, que enriquece o sistema democrático", acrescentou a deputada.

alesp