Deputada reitera pedido para urgente distribuição de novo medicamento para Hepatite C

Maria Lúcia Prandi reiterou importância da inclusão do Interferon Peguilado entre os medicamentos distribuídos
21/08/2001 17:55

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A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) reiterou ao Ministério da Saúde a importância da urgente inclusão do Interferon Peguilado entre os medicamentos distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento está sendo lançado no Brasil nesta terça-feira, 21/8.

Na moção que protocolou na Assembléia Legislativa, dirigida ao Ministério da Saúde, Prandi enfatizou que autoridades médicas mundiais consideram a Hepatite C o maior desafio neste início de século. A parlamentar também endereçou Requerimento de Informação à Secretaria de Estado da Saúde, indagando sobre o programa de combate à Hepatite C no Estado de São Paulo.

"Etapas estão sendo vencidas. Agora que o Interferon Peguilado foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o próximo passo é a padronização pela Comissão de Medicamentos Básicos, para que o remédio chegue gratuitamente aos pacientes", explica a deputada Prandi. Para subsidiar seus trabalhos, a deputada conta com a assessoria do Grupo Esperança, primeira organização não-governamental de apoio aos portadores de Hepatite C de Santos e região.

Segundo acrescenta a parlamentar, desde o primeiro semestre havia a expectativa da aprovação do remédio no Brasil, a exemplo do que já havia acontecido em países da Europa e nos Estados Unidos. "Desde então, iniciamos gestões junto ao Ministério da Saúde. O paciente tem direito ao que há de mais eficaz. O Interferon Peguilado eleva de 30 a 70% as chances de cura, em associação com o medicamento Ribavirina. Para pacientes que possuem vírus menos agressivos, a possibilidade de negativação é de 100%", enfatiza a deputada Prandi.

Questão humanitária. Ainda de acordo com o parlamentar, a distribuição do Interferon Peguilado, "a mais nova arma para combate à Hepatite C" é uma questão humanitária e tem a vantagem de reduzir custos. "A Hepatite C é a responsável pela grande maioria dos transplantes de fígado. Nos primeiros cinco meses deste ano, o governo federal gastou R$ 10,6 milhões em 147 cirurgias de transplante. Até o final do ano, serão gastos R$ 24,39 milhões. Se o portador da Hepatite C tiver acesso ao Interferon Peguilado, o número de transplantes cairá sensivelmente", destaca Prandi.

O Interferon Peguilado está sendo lançado no Brasil pelo laboratório alemão Schering Plough. Antes do final do ano, também a Roche deverá lançar o remédio. Atualmente, o governo já distribui aos portadores de Hepatite C o Interferon tradicional e também a Ribavirina. "Foram mais de cinco anos de luta para que o governo federal padronizasse a Ribavirina, o que foi formalizado a partir de dezembro de 1999. Estamos confiantes que o Interferon Peguilado será obtido mais rapidamente. Atualmente já se conhece mais sobre a doença e a importância de combatê-la de forma eficaz", finaliza a parlamentar.

alesp